Pesquisadores da escola de engenharia da Universidade de Chiba, no Japão, liderados pelo professor Nagahiro Hoshi, do Departamento de Química Aplicada e Biotecnologia, fizeram uma descoberta recente que pode revolucionar o mundo ao proporcionar o uso de uma substância sustentável para aumentar o potencial de baterias usadas em aparelhos celulares e até submarinos.
Em estudo publicado na revista Communications Chemistry, em fevereiro deste ano, os pesquisadores relatam o uso da cafeína, uma substância encontrada no café e que dá energia às pessoas em todo mundo pelas manhãs, para gerar uma supercarga e aumentar a eficiência das baterias convencionais.
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Redução de custos e impactos ambientais
Na prática, a descoberta traz uma solução simples para um problema complexo: os altos custos de produção e os impactos ambientais causados pela extração de minérios como lítio e platina.
A platina, por exemplo, custa cerca de 30 mil euros o quilo, inviabilizando a produção.
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No entanto, ao adicionar uma solução líquida com cafeína, os pesquisadores descobriram o aumento da eficiência da atividade da reação de redução de oxigênio.
Segundo o estudo, a cafeína aumenta a eficiência da reação entre um combustível (hidrogênio) e um oxidante (oxigênio), facilitada pela platina.
“A cafeína, um dos produtos químicos contidos no café, aumenta a atividade de uma reação de célula de combustível
11 vezes em um eletrodo", afirma o professor Hoshi, em nota divulgada pela escola.
Com isso, é necessário uma quantidade menor de platina para que as baterias funcionem eficientemente, gerando redução de custos de produção e causando menor impacto no meio ambiente.
O método proposto tem o potencial de melhorar os projetos de células a combustível, produzindo baterias que poderão ser usadas em aparelhos celulares, veículos, edifícios e até em missões espaciais, segundo os pesquisadores.