Amazon, OpenAI, Meta e Perplexity já somam contribuições milionárias ao fundo destinado à posse do futuro presidente dos EUA, Donald Trump. Cada uma dessas empresas, ou melhor, seus diretores-executivos, doou U$ 1 milhão (cerca de R$ 6 milhões), em um movimento que evidencia a aproximação das grandes empresas de tecnologia com o governo republicano, cuja posse ocorrerá em 20 de janeiro.
Antes das eleições americanas, em outubro, The Washington Post, sob propriedade de Jeff Bezos, declarou que abandonaria o endosso presidencial tradicional. Este ano, esperava-se apoio à democrata Kamala Harris, mas o editor Will Lewis disse: "O Washington Post não fará um endosso a um candidato presidencial nesta eleição ou em nenhuma eleição futura".
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Segundo a CNN, além de contribuir com o fundo inaugural, a Amazon investirá U$ 1 milhão para exibir a posse pelo Prime Video. Esta semana, Jeff Bezos, fundador da empresa, tem um encontro agendado com Trump para estreitar vínculos com o presidente eleito.
Mark Zuckerberg, da Meta, que controla Facebook, WhatsApp e Instagram, reuniu-se com o republicano no final de novembro, sinalizando uma tentativa de melhorar os laços entre sua empresa e o futuro presidente. Esta é a primeira vez que a big tech contribui para o fundo inaugural.
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Sam Altman, CEO da OpenAI, também realizou sua doação pessoalmente. Em entrevista à Fox Business, o líder da empresa de Inteligência Artificial declarou: “O presidente Trump conduzirá nosso país na era da IA, e estou entusiasmado em apoiar seus esforços para manter a América na liderança global”.
No início do mês, Altman já havia afirmado estar animado para colaborar com o governo Trump, destacando sua confiança de que o presidente eleito terá êxito em consolidar os EUA como uma potência mundial em infraestrutura de IA.
O fundo inaugural, que financia eventos como desfiles, bailes e outras festividades da posse presidencial nos EUA, é composto principalmente por doações de pessoas físicas e empresas. Essas contribuições são vistas como um sinal de apoio ou estratégia para aproximar interesses corporativos do novo presidente.
“Interesses especiais há muito tempo buscam obter favores fazendo contribuições para comitês de posse de presidentes”, declarou Michael Beckel, diretor de pesquisa da Issue One – uma entidade que monitora a influência de grandes somas de dinheiro na política – ao jornal Market Watch.
Cargo no governo
Trump nomeou no último sábado (14) Devin Nunes, CEO da Truth Social, como chefe do Conselho Consultivo de Inteligência do Presidente. Nunes permanecerá no comando da rede social de Trump e terá a responsabilidade de fornecer análises sobre o desempenho e planejamento das agências de inteligência dos EUA.
No primeiro mandato de Trump, Nunes liderou o Comitê de Inteligência da Câmara dos Deputados e acusou o FBI de conspirar contra o então presidente nas investigações sobre a influência russa nas eleições de 2016.
Elon Musk também fará parte do governo Trump em 2025. Em novembro, o presidente eleito anunciou que o bilionário assumirá o Departamento de Eficiência Governamental, com o objetivo de “enxugar a burocracia estatal” e implementar “reformas estruturais significativas”. Musk, dono da rede X, desempenhou um papel importante como apoiador de Trump durante a campanha, utilizando sua plataforma amplamente seguida para promover o candidato republicano.