O setor de exploração espacial tem um novo empreendimento à vista: a mineração de asteroides.
Ou é o que pretende um projeto, com investimento avaliado em até US$ 55 milhões, de uma startup de tecnologia de mineração espacial, AstroForge.
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Fundada em 2022, com sede na Califórnia, a AstroForge "minera asteroides para extrair minerais valiosos no espaço, com um menor custo e menores pegadas de carbono em relação aos atuais métodos de mineração em terra", diz a empresa.
Em agosto deste ano, a AstroForge anunciou que pretendia lançar sua terceira missão, em 2025, em missão conjunta com a SpaceX. A missão Odin, como foi chamada, deve enviar a sonda de aproximadamente 200 quilos da AstroForge para atracar em um asteroide de composição metálica no espaço.
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Esse lançamento deve "pegar carona" na missão Intuitive Machines, da SpaceX, lançada pelo Falcon 9, foguete da empresa de Musk. Embora a Intuitive Machines tenha como destino a lua, a estrutura da AstroForge deve ser liberada no espaço, de onde dever seguir para seu asteroide.
A empresa recebeu a primeira licença comercial da Comissão Federal de Comunicações dos EUA (FCC) para operar se comunicar com uma nave espacial no espaço profundo, região definida pela União Internacional de Telecomunicações a mais de 2 milhões de quilômetros da Terra, para além do Sistema Solar.
A licença é necessária para que a missão Odin seja capaz de manter comunicações com uma rede de estações terrestres de rádio, para permitir o envio de comandos e de dados para a Terra.
Em um comunicado, a empresa disse que, se bem-sucedida, "esta será a primeira missão privada a pousar em outro corpo fora do nossos sistema Terra-Lua", e a deixará "mais perto de realizar a missão de tornar os recursos de outros planetas acessíveis a toda a humanidade".
A exploração da empresa foca em metais espaciais, já que se acredita que os asteroides sejam restos de núcleos de planetas que "falharam" enquanto estavam sendo formados — isso pode significar que abrigam metais preciosos, tais como ouro, prata e platina.
De acordo com o Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT), "Asteroides ricos em platina podem conter teores de até 100 gramas por tonelada, 10-20 vezes mais altos do que minas de platina a céu aberto na África do Sul".
Isso significa que um asteroide de 500 metros de largura pode conter 175 vezes a produção global anual de platina.
No entanto, enfatiza o Instituto, "a mineração de asteroides atualmente só é viável como uma solução de longo prazo" e, atualmente, "a infraestrutura e as técnicas necessárias para minerar e refinar recursos de asteroides estão em desenvolvimento, tornando improváveis ??retornos de curto prazo para empresas de mineração".