A Marinha Brasileira anunciou, nesta quinta-feira (28), a construção de um novo navio-patrulha. O anúncio foi realizado em meio à cerimônia de Batimento de Quilha da nova embarcação, chamada de "Miramar" — evento tradicional em que se colocam blocos da estrutura que virá a ser o navio no local do casco.
A cerimônia, ocorrida em Macaé - RJ, posicionou o bloco central do Miramar, que pesa aproximadamente 11 toneladas, para dar início à montagem das demais seções, de acordo com a Agência Gov.
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Com um nome que quer dizer "com vista para o mar", o Miramar será utilizado em "missões voltadas para a salvaguarda da vida humana", diz o portal, e "no reforço da defesa dos cerca de cinco milhões de quilômetros quadrados da Amazônia Azul".
A Zona Econômica Exclusiva do Brasil se estende por cerca de 52% da área continental do país, numa extensa área oceânica chamada de Amazônia Azul desde 2004 — termo inaugurado pelo então comandante da Marinha brasileira, o Almirante Roberto de Guimarães Carvalho. É protegida pela Marinha do Brasil (MB) pela Estratégia Nacional de Defesa (END), que define os objetivos de curto, médio e longo prazo da Força Naval para o monitoramento e o controle da região.
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Pelo menos 95% de todo o comércio exterior brasileiro trafega pela Amazônia Azul, cujo Sistema de Gerenciamento (SisGAA) é gerido por aeronaves, embarcações de longa distância e programas de satélite. Além das atividades de defesa, os navios da MB ainda atuam em atividades científicas de estudo dos biomas marinho e da exploração do oceano continental.
O Miramar, o quinto navio de patrulha da MB, que será construído em Macaé, no Rio de Janeiro, chega a uma velocidade de 21 nós e tem 54,20 metros de comprimento.
A classe desse navio, também chamada Macaé, já tem três embarcações em operação. O quarto está 90% concluído e tem previsão de lançamento ao mar no primeiro semestre de 2026.
A construção do Miramar é parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) do governo federal, que deve promover até R$ 1,8 trilhão de financiamento, em todos os estados brasileiros, para os setores de infraestrutura, logística, saúde, educação e ciência, tecnologia e transição energética.