Nesta quarta-feira (26), uma audiência histórica aconteceu na Câmara dos Estados Unidos, trazendo à tona questões sobre os Fenômenos Anômalos não Identificados (UAPs), comumente conhecidos como OVNIs. Três veteranos militares aposentados testemunharam perante o subcomitê de supervisão, expondo suas experiências pessoais e alertando sobre os possíveis riscos à segurança nacional associados a esses avistamentos. O governo foi alvo de críticas, acusado de manter excessivos segredos sobre o assunto.
Entre os testemunhos mais marcantes estava o de Ryan Graves, ex-piloto da Marinha e atual diretor do grupo "Americans for Safe Aerospace", que encoraja pilotos a relatar incidentes envolvendo UAPs. Graves enfatizou que esses avistamentos são uma preocupação para a segurança de voo, independentemente de sua origem - sejam drones estrangeiros ou algo desconhecido pela ciência.
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O comandante aposentado da Marinha dos EUA, David Fravor, também compartilhou seu relato sobre um encontro com um UAP em 2004. Ele descreveu a tecnologia desse objeto como sendo "muito superior a qualquer coisa que tínhamos" e ressaltou que essa superioridade representava uma ameaça à segurança nacional.
O ex-oficial de inteligência da Força Aérea, David Grusch, revelou que o governo encobriu sua pesquisa sobre os avistamentos não identificados e que ele relatou informações ao inspetor geral da comunidade de inteligência. Grusch também mencionou a existência de possíveis pilotos "não humanos", mas reconheceu que não tinha testemunhado isso pessoalmente.
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A verdade está lá fora?
O Congresso dos Estados Unidos tem buscado pressionar o Departamento de Defesa para obter mais transparência sobre o assunto, ressaltando que os UAPs podem representar uma ameaça real para aeronaves militares e civis. Os legisladores afirmaram que é essencial trabalhar de forma bipartidária para compreender melhor esses fenômenos e garantir a segurança do espaço aéreo.
Em abril, Sean Kirkpatrick, diretor do Escritório de Resolução de Anomalias de Todos os Domínios do Pentágono, já havia informado ao Congresso sobre o rastreamento de 650 casos potenciais de fenômenos aéreos não identificados. Ele ressaltou que não havia evidências de vida extraterrestre, mas reconheceu que alguns casos permanecem inexplicáveis.
No entanto, muitos pilotos, tanto comerciais quanto militares, ainda enfrentam estigma e receios ao relatarem incidentes relacionados a UAPs. A audiência de quarta-feira reacendeu a discussão sobre a necessidade de criar um ambiente seguro para que esses profissionais possam reportar essas ocorrências sem medo de represálias.
Essa não é a primeira vez que o Congresso aborda o assunto dos UAPs. No ano passado, ocorreu a primeira audiência do Congresso sobre o tema em décadas, e desde então, o interesse em investigar esses fenômenos inexplicáveis tem aumentado significativamente.
Enquanto a questão dos UAPs continua envolta em mistério, uma coisa é clara: a segurança nacional e a compreensão científica estão em jogo. Com mais audiências e pressões bipartidárias, espera-se que o governo dos Estados Unidos se torne mais transparente e compartilhe informações relevantes com o público, a fim de abordar essa questão de maneira aberta e informada.
Veja o vídeo da audiência: