Arqueólogos especialistas na antiga cidade de Pompeia descobriram um local perturbador: uma prisão-padaria em que trabalhadores escravizados trabalhavam para produzir pão.
Os achados conduzidos pelos pesquisadores do Parque Arqueológico de Pompeia foram feitos na na Região IX, Insula 10, em Pompeia.
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De acordo com os pesquisadores, foi encontrado um espaço apertado, com janelas altas protegidas por barras de ferro, onde viviam seres humanos e burros juntos, mostrando uma face cruel da escravidão em Roma.
A área de produção, sem portas e comunicação externa, tinha apenas uma saída para o átrio da casa, limitando o movimento das pessoas.
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O estábulo também contava com uma moenda, que era carregada pelos animais para fazer a farinha de trigo que serviria para alimentar a classe alta da residência.
Gabriel Zuchtriegel, diretor do Parque Arqueológico de Pompeia, destaca isso como um espaço que restringia o movimento de pessoas de status servil, enfatizando a dura realidade da escravidão antiga.
No local, se produzia pão e se refinava o trigo e a farinha necessária para transformar o cereal em farinha. "É, em outras palavras, um espaço no qual temos que imaginar a presença de pessoas de status servil cuja liberdade de movimento o proprietário sentiu a necessidade de restringir", afirmou ao site Euronews.
"É o lado mais chocante da escravidão antiga, aquele desprovido de relacionamentos confiáveis e promessas de manumissão, onde fomos reduzidos à violência bruta, uma impressão que é totalmente confirmada pela proteção das poucas janelas com barras de ferro", completou.
Descobertas recentes de três vítimas em um quarto sugerem que a propriedade ainda abrigava indivíduos na época da erupção.
Recentemente, os pesquisadores têm buscado entender mais sobre as relações de classe com escravos no Brasil, frequentemente negligenciados em fontes históricas, que desempenharam um papel crucial na civilização romana, contribuindo significativamente para a economia, cultura e tecido social, como Spartacus.