CIÊNCIA

Espermatozoides desafiam lei centenária da física, revela nova descoberta científica

Pesquisadores afirmaram que os gametas sexuais masculinos possuem um “módulo de elasticidade estranho”, que quebra princípio consolidado na área

Espermatozoides vistos no microscópioCréditos: Wikimedia Commons
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Um estudo publicado na revista científica PRX Life no último dia 11 mostrou que os espermatozoides, células reprodutoras masculinas, desafiam um dos princípios mais aceitos da história da ciência: a terceira lei de Newton.

A lei, concebida pelo físico britânico Isaac Newton em 1686 e conhecida como “lei da ação e reação” afirma, como diz seu nome, que para cada força de ação aplicada a um corpo, uma força de reação surge em um corpo diferente. O esperma humano acaba de ser descoberto como uma exceção à regra.

Como os espermatozoides quebram a terceira lei de Newton

O cientista Kenta Ishimoto, da Universidade de Kyoto, no Japão, investigou a aplicabilidade da lei de Newton em células microscópicas que se contorcem em fluidos pegajosos. São elas os espermatozoides e as algas unicelulares Chlamydomonas. A ideia era descobrir como eles se movem através de substâncias que, em tese, deveriam resistir ao seu movimento.

O fato é que os fluidos altamente viscosos do esperma, onde os espermatozóides se encontram, deveriam impedir esse gametas de se movimentar muito. No entanto, isso não acontece. As células reprodutoras masculinas usam flagelos finos e flexíveis que se projetam a partir de seu corpo e mudam de forma para impulsionar o movimento para a frente.

Os pesquisadores do grupo de Ishimoto descobriram que isso é possível devido a uma “elasticidade estranha”, que torna esses flagelos flexíveis e permite que eles se movimentem sem gastar tanta energia.

Um caso como esse trouxe a necessidade de os cientistas cunharem um novo termo para descrever a mecânica interna por trás do movimento dos espermatozoides. Eles chamaram isso de “módulo de elasticidade estranho”, pelo fato da célula avançar de uma maneira que desafia a física.

O grupo de cientistas afirma que a descoberta pode ajudar a desenvolver pequenos robôs automontantes que imitam materiais vivos, enquanto os métodos de modelagem podem ser usados ??para compreender melhor os princípios subjacentes ao comportamento coletivo das células.

* Com informações do Live Science.