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DataFórum: Bolsonaristas tentam equiparar ataque a Gil a casos envolvendo Cássia Kiss, Neymar e Regina Duarte

Extrema-direita dominou o debate no Twitter buscando justificativas para o achaque a Gilberto Gil na Copa do Catar. Apoiadores de Lula repudiam violência e ameaça armada ao presidente eleito.

Gilberto Gil, Neymar, Cássia Kis e Regina Duarte.Créditos: Twitter
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Monitoramento DataFórum em 510.499 tuites do universo político neste domingo (28) revela que caiu o engajamento no campo progressista fazendo com que a extrema-direita bolsonarista pautasse o debate, que aconteceu sobretudo no ataque de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) a Gilberto e Flora Gil em Doha, no Catar, durante a Copa.

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Com 59% das interações, os bolsonaristas relativizaram a agressão a Gilberto Gil buscando equiparar a ironias em casos envolvendo figuras como Kássia Kis, Neymar e Regina Duarte, apoiadores do atual presidente. Até mesmo a filha mais nova de Bolsonaro, Laurinha, foi citada pelos extremistas.

Também foram utilizados vídeos de extremistas de direita sendo xingados por estudantes para justificar os ataques ao Gilberto Gil.

Governador eleito de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) divulgou mensagem de apoio a Bolsonaro, acompanhado por outros internautas que afirmaram continuar acreditando na liderança do atual Presidente.

A manutenção da esperança de um golpe de estado foi estimulada, com mensagens alegando que há sintonia entre as Forças Armadas e o Presidente.

Progressistas (pró-Lula)

A violência bolsonarista foi uma temática relevante entre os progressistas, com repercussão de ataques e ameaças recentes, atribuindo ao Bolsonaro o estímulo ao ódio e a disseminação do uso de armas.

A convocação de atiradores para impedir a posse de Lula chocou a comunidade, gerando indignação, revolta e pedidos de punição imediata.

Influenciadores traçaram a diferença entre chacotas e ofensas nas redes sociais contra direitistas e a violência física e ataques pessoais ao vivo perpetrados por bolsonaristas.

O cenário devastador deixado pelo governo Bolsonaro também motivou publicações críticas. 

Cultura de rede

Na comunidade formada por influenciadores e internautas bem-humorados, tivemos piadas com o comportamento irracional dos manifestantes golpistas, com diversos internautas reproduzindo um vídeo no qual se vê militares usando uma máquina de Xerox para fazer uma fotocópia das nádegas. Com 7% das interações, também houve repúdio à agressividade dos bolsonaristas e o clima de ódio estimulado pela extrema direita.

Liberais

Com 3%, os liberais e integrantes do MBL defenderam Neymar e afirmaram que pessoas de esquerda comemoraram nas redes sua contusão, o que deslegitimaria o repúdio ao ataque sofrido por Gilberto Gil.

A liberdade de expressão irrestrita também foi defendida no grupo e alguns influenciadores afirmaram que Richarlison não declarou apoio a Lula.