Levantamento DataFórum nesta segunda-feira (21) mostra que o bolsonarismo mais uma vez mobilizou um número maior de internautas com uma pauta dominada por fake news, desinformação e teorias da conspiração em temas variados: vacinas, inelegibilidade de Lula (PT), fraudes no processo eleitoral, possibilidade de prisão de Alexandre de Moraes, entre outras.
No campo progressista o tom é de indignação com a violência política e os desmandos do governo Jair Bolsonaro (PL), principalmente em relação aos gastos públicos, desmonte da política ambiental, mas também com a pandemia e a Procuradoria-Geral da República dificultando acesso aos dados da CPI da Covid.
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Com 49% dos 470.816 tuites analisados, os bolsonaristas tiveram como destaques fake news sobre o governo eleito: Lula não seria elegível por pendências judiciais, o Japão teria declarado que a ivermectina é mais eficaz que a vacina e o presidente eleito não seria inocente.
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Também voltou à pauta o “datapovo” na frente dos quartéis para contestar o resultado das eleições e novamente circularam teses conspiratórias de fraudes nas urnas eletrônicas.
Houve ainda quem defendesse que Bolsonaro não deve passar a faixa para o Lula e repercutiu a tese que o Bolsonaro poderia mandar as Forças Armadas prender Alexandre de Moraes em flagrante.
Lulistas
Com 33% das interações, a comunidade de apoiadores de Lula mostrou indignação com os desmandos do governo Bolsonaro: compra de bandeirinhas para distribuir no 7 de setembro, desmatamento em terras indígenas e PGR dificultando acesso aos dados da CPI da Covid.
Guilherme Boulos (PSOL-SP) fez um fio dando motivos pelos quais Bolsonaro não pode ficar impune houve repúdio em relação à violência política praticada por Bolsonaristas.
Repercutiu ainda o falecimento de um padre no Paraná que declarou voto em Lula, cuja causa da morte ainda não foi esclarecida.
Cultura de Rede
Com 12% dos tuites, ste cluster foi dominado por chacotas e tiradas jocosas, favoráveis a Lula e desfavoráveis a Bolsonaro. Os internautas usam os nomes dos políticos em contextos diversos: esporte, cultura pop, seriados, com situações positivas para o Lula, citando seus “desafios” como presidente eleito e comemorações da derrota de Bolsonaro.
Liberais
Com 2% das interações, membros do MBL e políticos liberais usaram a pequena a internação no Sírio-Libanês para atacar Lula. Para estes influenciadores o presidente deveria tratar-se somente no SUS, cobrança tipicamente direcionada à políticos de esquerda, que defendem o SUS.
Ainda houve quem continuasse insistindo na tese de polarização e também críticas ao Bolsonaro pelo rombo orçamentário.