TERROR

O caso do homem que simulou sequestro e enviou dedo amputado para enganar polícia

A história, que chocou Santa Catarina, envolveu, inclusive, um corpo carbonizado encontrado dentro de caminhonete

Caminhonete onde foi encontrado o corpo.Créditos: Polícia Civil de Santa Catarina/Divulgação
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Um caso tenebroso chocou a população de Santa Catarina. A Polícia Civil do estado elucidou, nesta sexta-feira (28), o mistério que envolvia um corpo carbonizado achado dentro de uma caminhonete, o envio de uma garrafa com um dedo amputado e a gravação de um falso sequestro.

Dois suspeitos foram presos no município de Itajaí. Os crimes, segundo a polícia, teriam sido cometidos pelo líder de uma organização criminosa. O homem, de 38 anos, lucrou cerca de R$ 300 mil com falsa instalação de painéis solares em Rio das Antas e São Cristóvão do Sul

Ele falsificava dados cadastrais e promovia abertura fraudulenta de financiamento bancário. Uma empresa de Joinville teria sido enganada para o homem ficar com a mercadoria, que, em seguida, foi usada em crimes de estelionato contra produtores rurais dos municípios.

A delegada Roxane Fávero Pereira Venturi, da Polícia Civil, informou que a investigação teve início quando, no dia 15 de fevereiro, um corpo foi encontrado carbonizado dentro de uma caminhonete GM S10 queimada, na BR-470, em São Cristóvão do Sul.

O veículo estava no nome de um homem desaparecido desde o dia 12 de fevereiro. As investigações iniciais indicavam que o corpo seria do líder do bando criminoso e que a possível motivação seria uma vingança pelos golpes.

No entanto, por meio de depoimentos, a polícia descobriu que o homem foi visto após a data do desaparecimento, junto de outra pessoa. Com isso, os agentes direcionaram as investigações para identificar o corpo carbonizado, que não era do desaparecido.

No prosseguimento das apurações, a Polícia Civil conseguiu identificar o corpo. Era de uma pessoa de 59 anos, que estava em situação de rua.

Em paralelo, a corporação recebeu vídeos de um sequestro, no dia 20 de fevereiro. As imagens mostravam outra pessoa torturando o líder do grupo criminoso, que chegou a ter um dos dedos amputado. A ex-companheira do suspeito, que reside em Blumenau, chegou a receber uma garrafa plástica com o dedo e dois dentes.

Conclusão da polícia

Diante do cenário, a polícia concluiu que se tratava de um falso sequestro, armado pela dupla para tentar enganar a investigação. Porém, o dedo amputado e os dentes eram verdadeiros, de acordo com reportagem do NSC Total.

As investigações, então, revelaram que um homem com amputação de dedo havia sido atendido em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Itajaí, justamente na noite da divulgação dos vídeos da tortura. O médico que atendeu ao paciente reconheceu o suspeito.

Na sequência, a polícia prendeu o líder do grupo criminoso e o suspeito que o ajudou. A motivação e o possível envolvimento de outras pessoas ainda está sob investigação.

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