A Justiça condenou o pastor evangélico Carlos Roberto da Cunha a quatro anos e quatro meses de prisão por sequestro e cárcere privado, após a descoberta de que ele mantinha idosos em condições degradantes em uma clínica clandestina na zona rural de Patrocínio Paulista, no interior de São Paulo. A sentença foi proferida na última terça-feira (27), após investigações apontarem a precariedade do local.
O caso veio à tona em maio deste ano, quando uma denúncia anônima levou a Polícia Civil e o Ministério Público (MP) a realizarem uma operação na clínica administrada por Carlos Roberto. O estabelecimento, que funcionava de maneira irregular em um galpão, abrigava oito idosos com idades entre 60 e 86 anos. As autoridades descreveram as condições como insalubres e inadequadas, com os pacientes vivendo sem o mínimo de higiene e estrutura.
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Durante a vistoria, foi constatado que as camas dos idosos estavam dispostas no refeitório, e o único banheiro disponível não possuía porta, sendo improvisado com uma toalha de banho. A Vigilância Sanitária também encontrou alimentos vencidos e verificou que a clínica não possuía autorização para funcionar.
Os familiares dos idosos, que pagavam até R$ 800 mensais pela internação, não tinham conhecimento das condições a que seus parentes estavam submetidos. De acordo com o MP, os pacientes apresentavam altos níveis de dependência e necessitavam de cuidados especiais, o que agravava ainda mais a situação.
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Carlos Roberto estava preso desde o dia 30 de abril, quando as autoridades chegaram ao local após a denúncia. O espaço foi encontrado sujo e sem condições mínimas de acolhimento. As vítimas foram resgatadas e levadas para a Santa Casa de Patrocínio Paulista.
Antes deste episódio, o pastor já era investigado por administrar uma clínica de reabilitação para usuários de drogas em Cristais Paulista (SP), onde supervisionava pacientes, segundo informações do Ministério Público.