A Polícia Civil do Paraná (PC-PR) continua investigando o assassinato do advogado Hamilton Antônio de Melo, de 70 anos. Seu corpo foi encontrado com sinais de violência dentro da geladeira da casa de um dos suspeitos.
Os investigadores concluíram que os suspeitos fizeram uma intensa pesquisa na internet a respeito da vida do advogado, antes de cometerem o crime.
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O crime bárbaro foi cometido no dia 15 de agosto, quando a vítima foi vista viva pela última vez, depois de deixar o escritório em que trabalhava, em Londrina (PR). As informações foram divulgadas pela PC-PR.
Ainda de acordo com a polícia, os criminosos utilizaram uma adolescente de 16 anos para atrair Hamilton ao endereço onde ele foi morto. A ideia inicial era extorqui-lo.
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Porém, os suspeitos decidiram assassinar o advogado “para ocultar o crime”, depois que descobriram detalhes sobre Hamilton, que também era servidor público aposentado. As informações são de Rafael Souza Pinto, delegado responsável pelas apurações do caso.
“Inicialmente seria feita a extorsão da vítima, consistente em fornecimento de senhas bancárias e assinaturas eletrônicas para saques via aplicativo. Posteriormente, quando os autores tiveram acesso ao celular da vítima, pesquisaram sua vida e sua posição social na comarca, optaram por matá-lo para poder ocultar o crime”, relatou o delegado da PC-PR.
Os policiais prenderam quatro homens e apreenderam duas adolescentes por suspeitas de envolvimento no assassinato. As investigações apontaram que Hamilton foi atraído, amarrado e torturado antes de ser morto.
Um dos criminosos ainda tentou “maquiar” transferências bancárias realizadas das contas do advogado. A polícia destacou que foram transferidos R$ 40 mil para serem aplicados em sites de apostas.
O delegado ressaltou, ainda, que o objetivo dos suspeitos era justificar que o valor alto em suas contas seria resultado de lucros obtidos em apostas online.
O que a polícia encontrou com os suspeitos
Os agentes acharam com os bandidos bens pessoais de Hamilton, como o carro do advogado, o celular, cartões bancários e documentos.
Os quatro detidos maiores de idade foram encaminhados ao sistema prisional. Todos devem responder por crimes de latrocínio (roubo seguido de morte), associação criminosa, receptação e corrupção de menores.
Já as duas adolescentes foram apreendidas e devem responder por ato infracional equiparado ao latrocínio. Não foram divulgados os nomes dos envolvidos.