As últimas chuvas no Rio Grande do Sul vão dar lugar a um frio intenso e à possibilidade de geada em algumas regiões do estado. A passagem de uma frente fria mais forte sobre a região sul do país, aliada à entrada de uma massa de ar frio e seco, provocará uma queda brusca das temperaturas a partir desta terça-feira (14).
A combinação de chuviscos e vento na segunda-feira, especialmente na faixa leste do estado, incluindo a região metropolitana de Porto Alegre, contribuiu para o declínio das temperaturas, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A partir de quarta-feira (15), o tempo ficará seco e frio em todo o Rio Grande do Sul.
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A geada é esperada para acontecer ainda nesta terça-feira (14) em parte da Serra Gaúcha e na fronteira com o Uruguai. Embora a tarde prometa ser mais amena, com temperaturas subindo gradativamente, não se espera que esquente muito. Na capital e na Grande Porto Alegre, as temperaturas mínimas devem ficar em torno dos 7°C e 8°C. Em algumas cidades da serra, os valores não devem ultrapassar os 10°C. No geral, as temperaturas mínimas oscilarão entre 2°C e 4°C.
Quarta
Segundo o Inmet, a quarta-feira será marcada pela intensificação do ar frio e seco. O amanhecer pode registrar temperaturas mínimas de 0°C a 1°C, com potencial para geada moderada a forte em determinadas áreas. Nas regiões da campanha e serra, as temperaturas mínimas devem girar em torno dos 2°C. A tarde promete ser fria na maior parte do estado.
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Quinta/sexta
A previsão para quinta-feira (16) e sexta-feira (17) indica o retorno das chuvas no estado. No entanto, os volumes iniciais não devem ser expressivos. A mudança no tempo se deve à passagem de um novo sistema frontal, que trará chuvas, possivelmente acompanhadas de trovoadas e rajadas de vento, especialmente nas regiões de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O instituto alerta que, devido à situação atual de cheias e ao solo saturado em vários municípios gaúchos, qualquer volume de chuva deve ser observado com atenção, em razão da cheia do Lago Guaíba.
Nível do Guaíba continua a subir
Porto Alegre ainda enfrenta uma corrida contra o tempo, com esforços concentrados na construção de barreiras de proteção contra as águas e no resgate de residentes em áreas de risco. A causa da urgência surge em decorrência das chuvas do fim de semana que têm elevado o nível do lago Guaíba, ameaçando expandir as inundações para áreas até então não afetadas pela tragédia. Especialistas alertam que a sequência de chuvas dificulta o escoamento da água, e a cidade pode permanecer inundada por até um mês.
“Os níveis devem permanecer acima de 4 metros na próxima semana. A título de comparação, estima-se que demorou entre 23 e 32 dias para a altura do pico diminuir para a cota de inundação de 3 metros durante a cheia de 1941, antes a maior da história do estado”, afirmou professor do Instituto de Pesquisa Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Rodrigo Paiva.
Já para o professor Rualdo Menegat, do mesmo instituto, "o quadro de cheias ainda está em andamento e não há sinal de que será revertido nos próximos dias. Praticamente todos os grandes rios do estado apresentam tendência de elevação, com subida rápida em cotas de inundação severa nas bacias dos rios Caí e Taquari, e posteriormente chegando no Jacuí, sendo que as cidades nos deltas das respectivas bacias estão com a permanência da cheia", disse.