A Justiça do Rio Grande do Sul determinou que um jovem apreendido na semana passada com artefatos nazistas e que planejava um ataque na escola em que estudava, seja internado.
Dessa maneira, foi determinado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande Sul a internação do jovem na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase).
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O veredicto foi dado pela juíza Conceição Aparecida Canho Sampaio, da Vara da Infância e Juventude de Osório.
Os pais do adolescente, que deram de presente ao filho uma bandeira nazista e foram presos em flagrante por apologia ao nazismo, tiveram a prisão preventiva decretada.
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Relembre o caso
Um adolescente de 14 anos foi detido na terça-feira (12) por suspeita de planejamento de um possível ataque contra uma escola no município de Maquiné, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Com o jovem foi apreendido material de apologia ao nazismo. As informações são do Zero Hora.
A polícia chegou até o adolescente a partir da detenção de um outro jovem no Paraná pelas polícias Civil e Federal. De acordo com a Polícia Civil e a Brigada Militar do Rio Grande do Sul, eles teriam ligação e o garoto preso na noite desta terça estaria sendo orientado pelo paranaense a atacar uma escola nesta semana.
Ao Zero Hora, o diretor do Grupamento de Operações Especiais da Core, delegado Marco Antônio de Souza, o adolescente foi apreendido por ato análogo a terrorismo. O mesmo admitiu que planejava atacar uma escola.
Além disso, o delegado também revelou que o adolescente apreendido participativo de "grupos que fomentavam e discutiam esses tipos de ataques". O jovem apreendido admitiu que organizava um ataque e, segundo investigação da polícia, o ataque seria perpetrado na manhã desta quarta-feira (12).
Os pais do adolescente foram presos em flagrante por apologia ao nazismo, pois, na casa do jovem foi encontrado farto material nazista e fascista, tais como gravuras dos ditadores Adolf Hitler, da Alemanha, e Benito Mussolini, da Itália, e facas, canivetes e uma arma de fogo falsa.
A investigação chegou ao local após monitorar trocas de mensagens por perfis do jovem apreendido nas redes sociais e obter um mandado de busca e apreensão.
"A gente apresentou o adolescente e os pais à polícia exatamente porque não tinha como não estar sabendo do que estava acontecendo naquela casa dado o farto material que foi apreendido", diz o delegado Marco Antônio de Souza.
A polícia também descobriu, a partir da investigação, que a bandeira que faz apologia ao nazismo teria sido dada pelo pai ao adolescente.