BARBÁRIE

No Rio Grande do Sul, mulher é condenada por torturar bebê em creche

Crime ocorreu em 2018 e sentença só foi divulgada agora; ré não teve identidade divulgada e vai recorrer da decisão; Ministério Público tenta aumentar pena de dois anos e meio

Créditos: Reprodução RBSTV
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Uma ex-funcionária de uma creche em São Sebastião do Caí, localizada a cerca de 70 km de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, foi condenada por tortura contra um bebê de um ano de idade, crime ocorrido em 2018. A sentença foi divulgada na sexta-feira (13).

Na época dos fatos, a mulher tinha 23 anos e trabalhava como monitora na creche. Ela foi flagrada por câmeras de segurança pressionando um travesseiro contra o rosto da criança.

A ré, cuja identidade não foi revelada, recebeu uma pena de dois anos e seis meses de prisão em regime fechado. A decisão permite que ela recorra em liberdade. O Ministério Público (MP-RS) planeja buscar o aumento da pena.

A promotora de Justiça Cláudia Rodrigues Pegoraro, responsável pela denúncia, alegou que a ex-funcionária da creche empregou "violência e intenso sofrimento físico e mental, como forma de aplicar castigo pessoal" à criança, devido à sua agitação.

A ré sacudiu a vítima com agressividade e pressionou um travesseiro contra seu rosto. Na mesma ocasião, a mulher ainda socou a mesma menina contra um colchãozinho verde, com raiva.

Relembre o caso

Em 12 de janeiro de 2018, uma funcionária da creche foi presa sob suspeita de tentar asfixiar o bebê. As câmeras de segurança da sala registraram a agressão. O vídeo mostrou o momento em que a professora colocou um travesseiro sobre o rosto da criança, interrompendo a pressão quando outras funcionárias entraram na sala.

A menina estava na creche particular havia apenas quatro dias. Seus pais notaram que ela estava chorosa e relutante em frequentar o local, mas atribuíram isso à adaptação. A mãe foi surpreendida por uma ligação da polícia enquanto estava no trabalho.

A funcionária que testemunhou o incidente informou a diretora da escola, que posteriormente procurou a delegacia e entregou à polícia a parte da filmagem da câmera de segurança que capturou a agressão, de acordo com o delegado do caso, Marcos Eduardo Pepe.

Com informações do g1