Sete servidoras – a diretora e seis funcionárias - de uma creche pública do município de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio de Janeiro, foram afastadas preventivamente das funções por 30 dias. Elas são acusadas de terem criado em bolão de apostas para descobrir o peso de um aluno de apenas 3 anos.
O caso foi descoberto e denunciado pela mãe da criança, que teve acesso a mensagens em um grupo de funcionários no WhatsApp, onde era feito o bolão. Nas conversas, elas se referiam ao peso da criança como “arrobas”, unidade de medida usada para pesar bois.
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O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) informou que instaurou procedimento administrativo para apurar os fatos. A própria mãe da criança descobriu e pediu à vereadora Priscila Pitta (Cidadania) para que denunciasse o caso ao MP-RJ. Ela foi alertada por outras mães sobre o ato discriminatório.
“Eram três mães, me perguntando se eu já sabia o que estava acontecendo. Falei que não. Elas perguntaram: a escola não te falou? Eu falei, não! Me contaram que meu filho tinha sido pego por sete funcionárias da creche, saído da sala, ido até a cozinha, onde tinha feito um bolão para saber o peso dele”, relatou a mãe, em entrevista ao G1.
O texto da denúncia feita pela vereadora, inconformada com a prática cruel “em um ambiente que deveria garantir a segura e o bem-estar desta criança”, revela que outras professoras denunciaram o ocorrido expondo o “print” de uma conversa em que a vencedora do bolão informa a chave do pix para receber a quantia de R$ 10 de cada participante.
Confira a íntegra da nota da secretaria municipal de Educação sobre o caso
“A Secretaria Municipal de Educação repudia veementemente o ocorrido e informa que foi aberto um procedimento administrativo de Nº 21273/23 para apuração da denúncia apresentada. Cabe ressaltar que equipes da Secretaria de Educação estiveram na unidade realizando o acolhimento e prestaram o apoio necessário à mãe do aluno em questão.
É importante destacar também que a referida denúncia foi encaminhada para a direção escolar, que retornou informando sua versão dos fatos e, imediatamente, foi exonerada a pedido de sua função. Sendo assim, a equipe da Secretaria Municipal de Educação deu todo o respaldo administrativo para a continuidade da gestão escolar e acompanhamento dos servidores e estudantes na escola”.