O prefeito de São Paulo e candidato a reeleição, Ricardo Nunes (MDB), admitiu nesta quarta-feira (21) que ainda não há um cronograma de participações do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em eventos da campanha eleitoral municipal de São Paulo.
Nunes tem sido alvo de críticas porque estaria escondendo o apoio de Bolsonaro – o principal cabo eleitoral do prefeito na disputa eleitoral na capital paulista. A insatisfação entre integrantes do MDB também não é segredo.
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“Calendário não tem. O candidato sou eu. O presidente Bolsonaro me apoia. Eu é que faço as agendas, eu é que tenho que ir para a rua”, disse o prefeito da capital paulista. “Se [Bolsonaro] estiver por aqui, vai ser ótimo se ele puder participar”, acrescentou.
O ex-presidente chegou a elogiar o também candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) ao dizer que Ricardo Nunes não seria o seu “candidato dos sonhos” durante entrevista concedida a uma emissora de rádio no Espírito Santo. Pressionando, o comandante do PL voltou atrás, publicando dias depois um vídeo de apoio ao prefeito.
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Sobre a manifestação convocada para acontecer na Avenida Paulista no dia 7 de setembro, organizada por lideranças bolsonaristas e que deve contar com a participação de Bolsonaro, Nunes preferiu não se comprometer com os convites e acenos feitos para que ele compareça.
Alguns analistas políticos têm atribuído a essa postura de afastamento de Nunes ao receio que o prefeito teria de ser hostilizado e vaiado por parte da ala bolsonarista mais radical, que rejeita o apoio do ex-presidente ao prefeito emedebista.
“Preciso conciliar a minha agenda oficial de prefeito e, se possível, ir lá antes ou depois”, afirmou Nunes, acrescentando que o candidato a vice-prefeito coronel Ricardo Mello Araújo poderia comparecer em seu lugar.