INVESTIGAÇÃO

Quem é o influenciador alvo de operação policial que ostentava celular de ouro

O aparelho iPhone apreendido pela Polícia Civil do Paraná com Nelio Dgrazi é avaliado em R$ 42 mil

O celular banhado a ouro encontrado com o influenciador.Créditos: Reprodução/Redes Sociais
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O influenciador digital conhecido como Nelio Dgrazi, de Belo Horizonte (MG), foi alvo de um mandado de busca e apreensão, nesta terça-feira (20).

Dgrazi está incluído na operação deflagrada pela Polícia Civil do Paraná, que investiga ele e outro influenciador. Ambos são suspeitos de promover rifas ilegais de veículos e valores em dinheiro nas redes sociais.

O que mais chamou a atenção dos agentes é que Dgrazi ostentava um celular "diferente". De acordo com informações da polícia, o aparelho é avaliado em R$ 42 mil. O iPhone 12 Pro Maxbanhado a ouro 24 quilates, tem a assinatura da Rolex, marca de relógios de luxo.

Além do item, foram apreendidos o passaporte do influenciador, carros de alto padrão, computador, uma máquina de contar cédulas, cartões e documentos.

Nelio Dgrazi conta com mais de 1,3 milhão de seguidores nas redes sociais.

Os agentes cumpriram seis mandados de busca e apreensão nos municípios de Rio Branco do Sul (PR), Itapema (SC), Balneário Camboriú (SC) e Belo Horizonte (MG).

O delegado Gabriel Fontana, do Paraná, informou que, além da promoção ilegal de rifas, os suspeitos são investigados por lavagem de dinheiro, associação criminosa, crime contra a economia popular, além da contravenção de promoção de jogo de azar.

Por causa dos indícios, a Justiça autorizou o bloqueio de cerca de R$ 25 milhões na conta dos investigados, valor obtido por intermédio de rifas em 2023.

Outro influenciador e parentes também foram alvos de busca e apreensão em Balneário Camboriú (SC). A polícia apreendeu automóveis e motos de luxo, joias, um videogame e bolsas de marca.

As contas dos suspeitos nas redes sociais, além de um site onde realizavam os sorteios, foram suspensos. O delegado relatou que as rifas de carros e valores só podem ser realizadas caso sejam autorizadas pelo Ministério da Fazenda.

Como funcionava o esquema

O delegado contou que, nos sorteios, o comprador ganhava um “número da sorte”, que ia de 1 a 9.999.999.

“Acontece que nos sorteios regulares, baseados na loteria federal, são utilizadas somente 5 dezenas, em composições que variam de 01 a 100.000. Há fortes indícios de que tais sorteios sejam fraudados para que os valores nunca saiam de dentro do grupo criminoso”, afirmou.