Conhecido nas redes sociais como Renan do Grau ou Carioca Maluco, Renan Rocha da Silva, de 24 anos, é o dono do Porsche Boxster branco que matou o lavrador Adilson de Lima, de 47 anos, em um acidente ocorrido na madrugada da última quinta-feira (1º), no quilômetro 74 da rodovia BR-116, em Três Córregos, no município de Teresópolis (RJ).
Após o acidente, agentes da Polícia Rodoviária Federal encontraram no local um homem identificado como Pablo Gonçalves Pinto, que se apresentou como motorista do carro de luxo e assumiu a responsabilidade do acidente.
Te podría interesar
No entanto, a investigação conduzida pelo delegado Marcio Dubugras, da 110ª Delegacia de Polícia Civil (Teresópolis), levantou indícios que apontam que era o influencer, que tem mais de 247 mil seguidores no Instagram, onde exibe vídeos de manobras com motos e carros e ostenta vida de luxo.
"Nós recebemos a informação a respeito desse fato, que gerou a morte da vítima, e uma pessoa se apresentou aqui como condutora do veículo. Nós começamos a investigar e descobrimos que o proprietário do veículo é realmente um influencer, e momentos antes do acidente ele estava com o veículo. Ele foi visto em um posto de gasolina, há imagem dele no posto de gasolina com o veículo, inclusive saindo em alta velocidade", afirmou o delegado ao Diário de Teresópolis.
Te podría interesar
Vídeo obtido pela polícia mostra Renan Rocha calibrando o pneu do carro em um posto a 5 metros do local do acidente às 00h37, minutos antes do acidente.
Os advogados Felipe Cassimiro e Eduardo Velith, que fazem a defesa de Rocha, negaram ao portal Uol que ele estava no volante e afirmam que o "Carioca Maluco" "não tem qualquer ligação com o incidente e não era o condutor do veículo".
O influenciador chegou a ser preso há dois anos por direção perigosa e cumpria medidas cautelares.
Ele é procurado pela polícia pois tem um pedido de prisão em aberto por manobras perigosas em motocicletas e promover rifas de carros e viagens em suas redes sociais.
No mesmo dia da morte do motociclista, o Ministério Público pediu a prisão preventiva de Silva alegando que ele estava “descumprindo a medida cautelar de recolhimento domiciliar”.
Entre as medidas cautelares está a proibição de sair de casa após as 22h e excluir as redes sociais.
O MP diz ainda que “há notícias consistentes no sentido de que, posteriormente ao momento em que foi visto no citado posto, Renan, enquanto dirigia sem habilitação, se envolveu em acidente de trânsito que causou a morte de um motociclista”.
Até a manhã desta segunda-feira (5), ele estava foragido.
O perfil no Instagram segue aberto e fazendo as mesmas promoções e sorteios pelo qual é investigado.
A última publicação foi há quatro dias, quando Renan Rocha publicou um vídeo fazendo manobras com "a gata preta", uma nova motocicleta que teria adquirido.
No perfil está afixado uma promoção onde "sorteia" um prêmio de "5 dias na neve tudo pago + 10 mil reais".