TRANSPORTE PÚBLICO

SP: Greve de motoristas e cobradores de ônibus é suspensa após acordo

Vereador Milton Leite (União) e Sindicato confirmaram cancelamento da paralisação prevista para esta quarta (3)

Greve havia sido confirmada após uma série de reuniões entre o Sindmotoristas, o sindicato patronal e representantes de órgãos públicos.Créditos: Fernando Frazão/Agência Brasil
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A greve dos cobradores e motoristas de ônibus de São Paulo (SP), prevista para iniciar na manhã desta quarta-feira (3), foi suspensa na noite desta terça (2). A informação foi confirmada pelo vereador Milton Leite (União), presidente da Câmara Municipal, e pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de São Paulo (SindMotoristas), Edivaldo Santiago.

A greve foi suspensa após avanço nas negociações entre o setor patronal e os sindicatos, de acordo com o presidente da Câmara. Pouco depois das 22h, a decisão foi tomada após uma reunião no gabinete do parlamentar.Avançamos na discussão dos pontos de divergência. Houve grandes avanços que permitem suspender a greve e praticamente encerrar a mesma. Fui procurado pelas duas partes, e assim a greve não ocorrerá amanhã”, disse. 

A greve foi inicialmente confirmada após uma série de reuniões entre o Sindmotoristas, o sindicato patronal e representantes de órgãos públicos. Uma nova assembleia está marcada para a tarde desta quarta (3) para definir os termos do acordo estabelecido na reunião na Câmara. No próximo dia 10, haverá outra reunião na Câmara para resolver as pendências.

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No entanto, a suspensão do rodízio de veículos foi confirmada pela prefeitura de São Paulo, apesar do acordo para suspender a paralisação. Os carros com placas de final 5 e 6 poderão circular das 7h às 10h e das 17h às 20h, enquanto todas as outras restrições de trânsito continuarão em vigor.

A SPTrans registrou em março deste ano uma média de 7,2 milhões de passageiros transportados por dia útil. São Paulo possui uma frota de 12,2 mil ônibus que operam em 1.304 linhas. A campanha salarial dos motoristas e cobradores de ônibus já dura três meses e inclui diversas reivindicações, além do reajuste salarial. 

Entre os principais pedidos estão a redução da jornada de trabalho para 6h30 com 30 minutos de intervalo remunerado, tíquete-refeição mensal no valor diário de R$ 38, participação nos lucros e resultados, cesta básica sem a palavra "similar", e seguro de vida de 10 salários mínimos para motoristas e de 5% sobre o valor vigente para os demais trabalhadores.

Uma paralisação anunciada no início de maio pelos motoristas foi suspensa. A decisão veio após o TCM estabelecer uma mesa técnica para mediar as negociações entre empresas e funcionários ao longo do mês passado. A suspensão foi intermediada pela Justiça do Trabalho e pelo presidente da Câmara Municipal. A gestão de Ricardo Nunes queria 100% da frota operando em horários de pico.

Na véspera da greve marcada, duas reuniões foram agendadas entre representantes dos trabalhadores, empresários e autoridades públicas nesta terça-feira (2). Apesar dessas oportunidades de diálogo, até o fim da tarde, não havia indícios de progresso nas negociações. Leia mais nesta matéria da Fórum.

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