Um assalto com uso de granada a uma lotérica localizada na rua Tonelero, em Copacabana, causou pânico na zona sul do Rio de Janeiro nesta sexta-feira (19) e ganhou destaque nos meios de comunicação. Com a chegada da Polícia Militar e o plano do assalto frustrado, a situação evoluiu para um tiroteio que deixou uma mulher que passava pelo local e um dos suspeitos feridos.
Alerta: a reportagem a seguir contém relatos de violência urbana e pode impactar algumas pessoas. A Fórum reproduz por se tratar de interesse jornalístico.
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A rua Tonelero é uma das principais vias do famoso bairro carioca, e a lotérica em questão fica bem em frente à estação Cardeal Arcoverde do metrô. O quarteirão é bastante movimentado.
Segundo o 19º Batalhão de Polícia Militar, um dos assaltantes que investiram contra a lotérica tinha uma granada presa à cintura. Os homens anunciaram o assalto, mas a polícia chegou em meio à ação e o episódio terminou em tiroteio. Silvia Nunes Parreiras, de 71 anos, passava pela rua e foi atingida na perna. Socorrida logo em seguida, o Samu a levou para o Hospital Municipal Miguel Couto.
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Os assaltantes fugiram pela própria rua Tonelero, onde um deles tentou roubar uma moto que havia parado num semáforo próximo. Primeiro, ele buscou abrir os carros. Sem sucesso, viu a motocicleta, subiu na garupa e ordenou que o piloto os levasse para longe. Não há informações sobre o outro suspeito.
Enquanto buscava fugir, transeuntes gritavam “pega ladrão” e o soldado Medeiros, policial militar que estava saindo para o almoço, viu a cena e pediu emprestado o carro de uma concessionária de gás que manobrava no local para perseguir os assaltantes.
Medeiros se aproximou do assaltante – identificado como Andrei Araújo Aguiar, de 24 anos – jogou o carro sobre a moto que ele havia roubado e ordenou que se entregasse. Foi nesse momento que a granada foi revelada à polícia. Ele mostrou o artefato explosivo preso à cintura, o levou próximo ao rosto do motociclista e ameaçou acioná-lo.
Andrei levou um tiro na perna antes de ser capturado e preso. De acordo com a PM ele tem 29 passagens, a maioria por roubo.
Givanildo José da Silva, porteiro de um prédio da região que testemunhou toda a ação, disse que parecia uma cena roteirizada para o cinema. Segundo seu relato, os tiros causaram tumulto no quarteirão, fazendo com que os pedestres saíssem correndo e carros trafegassem na contramão.
Representantes da lotérica atacada agora prestam depoimento para a Polícia Civil, que investiga o episódio. Segundo o que já foi divulgado, eles relataram que estavam fechando um dos caixas quando a dupla de assaltantes entrou no estabelecimento, mostrou a granada e anunciou o assalto.