Durante a sabatina Folha/UOL desta sexta-feira (12), o pré-candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) revelou o porquê das ausências do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) nos últimos eventos do governo federal na capital paulista.
De acordo com o psolista, o mandatário é refém do campo político que escolheu para tentar se garantir no segundo turno das eleições: o bolsonarismo.
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Agora, ele corta seu diálogo com o governo federal por, segundo Boulos, ter "medo" dos bolsonaristas.
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Questionado pelos jornalistas presentes na sabatina o porquê da ausência de Nunes e do governador do estado Tarcísio de Freitas (Republicanos), Boulos reiterou: "Eles foram convidados. Eles não foram".
"Acho que não foi porque ele tem medo de aparecer ao lado do presidente e ser alvo dos bolsonaristas, porque ele está refém do bolsonarismo", afirmou Boulos.
De fato, Nunes tem uma relação complexa com o bolsonarismo. Além de não ser sua base original, o apoio de Bolsonaro também é acompanhado de forte rejeição, segundo a última Datafolha. Por outro lado, Pablo Marçal tenta roubar essa parcela do eleitorado para si.
Segundo levantamento do instituto, mais de 60% dos eleitores na capital paulista descartam a possibilidade de apoiar candidatos a prefeito que recebam o respaldo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em contrapartida, a rejeição a um candidato apoiado pelo presidente Lula (PT) é menor, atingindo 45% dos eleitores, o que beneficia Boulos na corrida.