A proposta orçamentária para 2025 apresentada pela gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) à frente do governo paulista prevê uma redução de R$ 600 milhões nos recursos destinados à educação, quando se compara ao que foi investido na área em 2024.
Procurada pela reportagem do jornal Folha de S. Paulo, a Secretaria de Educação chegou a afirmar que o governo de São Paulo faria um "investimento recorde em 2025" de R$ 32,8 bilhões na área, segundo o texto encaminhado para a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). No entanto, o cálculo desconsidera a correção da inflação.
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Quando aplicada a correção pelo IPCA, o montante é menor do que o valor de R$ 31,9 bilhões destinados ao ensino público em 2024, equivalente a R$ 33,4 bilhões. Assim, a projeção do governo Tarcísio reduz em R$ 600 milhões os investimentos em educação.
"Retrocesso sem precedentes"
Para a segunda presidenta da Apeoesp e deputada estadual paulista Professora Bebel (PT), "a redução das verbas da educação é um retrocesso sem precedentes no estado de São Paulo".
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A redução de R$ 600 milhões, segundo Bebel, terá "um impacto bastante significativo no que diz respeito às condições de trabalho, às escolas, à de aprendizagem dos estudantes".
"E é um indicador que os professores ficarão com zero de reajuste novamente. Então, nós entendemos que, ou a gente não começa esse ano letivo ou, se começar, começa com greve", pontua, sobre a possibilidade de mobilização dos profissionais da educação em relação ao corte de recursos. "A visão mercadológica da educação se concretiza com essas ações do Tarcísio."