Um dos investigadores que trabalham na mesma delegacia da escrivã Rafaela Drumond, encontrada morta em seu apartamento no último mês junho, admitiu ter proferido xingamento direcionado à ela e gravado em vídeo. O homem chamou Rafaela de “piranha” e afirmou que a fala foi tirada de contexto.
- A informação foi confirmada pela defesa do policial, que está sendo investigado como alguém que incentivou o suicídio da escrivã.
- A família da vítima alega que Celso Trindade de Andrade, o homem presente no vídeo, e Itamar Claudio Netto, o delegado, são os principais acusados na denúncia de assédio que Rafaela teria feito semanas antes de sua morte.
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- O vídeo em questão, gravado pela própria vítima, foi feito dentro da delegacia de Carandaí, em Minas Gerais, onde Rafaela trabalhava.
- O advogado de Celso confirmou que a pessoa que xingou a escrivã era o seu cliente, mas alega que Celso foi condenado antecipadamente, uma vez que foi afastado de suas atividades na polícia após o início das investigações sobre assédio.
Veja o vídeo gravado por Rafaela
- O advogado do acusado também comenta que Rafaela começou a gravação quando a conversa já estava no fim, sem saber o que teria acontecido antes.
- O vídeo é de agosto de 2022. Segundo o defensor, “tudo virá à tona”.
- A advogada de Rafaela, Raquel Fernandes, afirma que não aceitará relativização do acontecido, além de prezar pelo respeito diante das situações que a escrivã passou.
“Repudiamos qualquer tipo de arguição que tente justificar, de forma leviana, dentro ou fora de contexto, atos de coerção e violência psicológica em desfavor da mulher, que no caso ainda se configura de forma clara, como assédio moral e assédio sexual”, afirma a defesa da escrivã.
A Corregedoria da Polícia Civil de Minas Gerais está investigando se a morte de Rafaela está tem relação com as perseguições e humilhações ocorridas na delegacia.
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Saiba como pedir ajuda
Permanecer calada diante de situações de violência impede que a pessoa possa se proteger. É de extrema importância que a vítima de qualquer tipo de assédio esteja amparada por pessoas próximas e pelas autoridades, a fim de evitar que seja pega desprevenida pelo assediador.
Para denunciar a situação em flagrante, basta ligar no número 190 para a Polícia Militar, a qualquer horário do dia. Em caso da situação já ter ocorrido, o número 180, referente à Central de Atendimento à Mulher, receberá a denúncia de forma anônima e também funciona 24 horas.
Se você ou algum conhecido apresentarem sintomas como tristeza profunda, ansiedade, angústia, falta de motivação e desinteresse, e se essas condições estiverem atingindo sua rotina, procure um profissional especializado e ligue para o Centro de Valorização à Vida, 188. Um atendente preparado poderá te indicar o que você pode fazer para sair da situação. O atendimento acontece todos os dias, 24 horas.