Rafaela Drummond, 31 anos, era escrivã da Polícia Civil de Minas Gerais e foi encontrada morta em seu apartamento na noite da última sexta-feira (09), em Antônio Carlos, na região de Campos das Vertentes. O caso foi registrado como suicídio, mas áudios encontrados indicam que ela estaria sofrendo perseguição e assédio.
A mulher procurou um sindicato para denunciar assédio no trabalho uma semana antes de falecer. O pai da jovem, Aldair Divino disse, em entrevista ao site Metrópoles que “já tinha notado ela meio triste, parece que ela não queria que a gente ficasse sabendo de alguma coisa que estivesse acontecendo com ela.”
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A polícia está investigando as circunstâncias da morte da escrivã e sua denúncia, realizada enquanto trabalhava na Delegacia de Carandaí.
Segundo Aldair, Rafaela já havia tido uma oportunidade de transferência de trabalho em setembro de 2022, mas recusou por ter se adaptado ao ambiente em que estava. Foi a partir de janeiro deste ano que ela apresentou comportamentos diferentes, podendo significar que a situação em seu emprego mudou desde então.
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Para o pai, a escrivã procurou ajuda e não foi ouvida e, pela falta de assistência, ficou com medo e perdida. A família conta que Rafaela nunca mencionou nenhuma situação de assédio.
Saiba como pedir ajuda
Permanecer calada diante de situações de violência impede que a pessoa possa se proteger. É de extrema importância que a vítima de qualquer tipo de assédio esteja amparada por pessoas próximas e pelas autoridades, a fim de evitar que seja pega desprevenida pelo assediador.
Para denunciar a situação em flagrante, basta ligar no número 190 para a Polícia Militar, a qualquer horário do dia. Em caso da situação já ter ocorrido, o número 180, referente à Central de Atendimento à Mulher, receberá a denúncia de forma anônima e também funciona 24 horas.
Se você ou algum conhecido apresentarem sintomas como tristeza profunda, ansiedade, angústia, falta de motivação e desinteresse e essas condições estiverem atingindo sua rotina, procure um profissional especializado e ligue para a Central de Valorização à Vida, 188. Um atendente preparado poderá te indicar o que você pode fazer para sair da situação. O atendimento acontece todos os dias, 24 horas.