SÃO PAULO

Suspeito de deixar a filha de 3 anos sem comer por 40 dias é preso

Caso ocorreu em Rio Claro, no interior de São Paulo; Polícia foi chamada para ocorrência de maus-tratos

Imagem ilustrativa para subnutrição infantil.Créditos: Reprodução
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Uma denúncia de maus-tratos levou a Polícia Militar e o Conselho Tutelar a um condomínio em Rio Claro, no interior de São Paulo, na última sexta-feira (2), onde um homem de 36 anos foi preso acusado de deixar a filha de 3 anos de idade sem comer por cerca de 40 dias.

PM e Conselho Tutelar, logo que entraram na casa, deram de cara com a criança usando apenas fraldas. Os agentes revelaram que a menina estava desnutrida e tinha os ossos demarcados pelo corpo.

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De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o homem confessou o crime. Pai da criança, ele alega que também ficou 40 dias sem comer e que não procurou ajuda por não ter parentes na cidade. A mãe da criança teria ido à óbito após dar à luz, enquanto a avó materna tentava obter a guarda da criança na Justiça.

O homem então teria trocado de celular e excluído suas redes sociais, para se isolar. Mesmo autorizada pela Justiça para visitar a criança, a avó materna simplesmente não conseguia contatar o pai. Foi nesse contexto que fez a denúncia de maus-tratos e fez a visita com a companhia da PM e do Conselho Tutelar.

Pai e filha receberam atendimentos médicos de imediato. O homem foi encaminhado a uma delegacia logo em seguida, onde segue preso. Ele irá responder por maus-tratos a pessoa menor de 14 anos. Existe a possibilidade de que responda em liberdade.

Boa notícia

Nesta segunda-feira (5), três dias após o resgate, a médica Samila Gallo, da Santa Casa de Rio Claro, onde a menina está internada, disse ao jornal O Globo que sua saúde está melhor. Mas para além dos quilos que ganhou, a profissional alerta que ainda há um longo percurso até sua completa recuperação. A criança permanece internada, agora sob supervisão e guarda da avó materna.

“Ela chegou pesando 8kg e agora está com 10kg. Tem neném de seis meses que mais que isso. Começamos a alimentá-la bem lentamente para não haver um distúrbio metabólico. Ela está aceitando bem. Não estava andando e agora já consegue andar. Ainda está fraca e não consegue falar,” declarou a médica.