Dados apresentados pelo Ministério da Educação, nesta quarta-feira (31), pelo estudo Alfabetiza Brasil revelam que apenas 4 em cada 10 crianças do 2º ano do Ensino Fundamental estavam alfabetizadas no país em 2021.
Para o estudo, considerou-se que uma criança plenamente alfabetizada é capaz de ler pequenos textos, formados por períodos curtos. Além disso, consegue produzir inferências básicas partindo de informações do texto e escrever textos básicos, ainda que com desvios ortográficos. Essas definições foram retiradas de consultas com professores e profissionais da área, que indicaram o que consideravam ser pessoas alfabetizadas.
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O levantamento foi realizado nos meses de abril e maio deste ano com professores e especialistas, com o objetivo de identificar o conjunto de habilidades que definem se uma criança está ou não alfabetizada.
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Camilo Santana, ministro da Educação, anunciou que em breve o governo federal vai lançar um pacto nacional pela alfabetização das crianças na idade certa, sem dar muitos detalhes. Segundo o ministro, a construção será feita a partir de conversas com secretários municipais de educação e com a União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).
Analfabetismo funcional
Além disso, taxas de analfabetismo funcional são maiores na zona rural e entre os mais pobres. Trata-se da incapacidade de compreender textos simples, ainda que se decodifique minimamente as letras. A disparidade regional é de 97,5% no Sul e no Sudeste, contra 89,5% no Nordeste.
No Brasil, o percentual de analfabetismo funcional, 2012, era de 17,7%, sendo que nenhuma região conseguiu reduzir seus números de 2012 pela metade até o momento, revelando a urgência de programas voltados à questão.