RUAS DE SÃO PAULO

Moradores de rua passam mal após entrega de marmitas em SP

Grupo recebeu comida de dois homens que passaram pelas praças da Sé e do Patriarca em uma kombi preta; Polícia investiga

Morador de rua dorme no Páteo do Colégio na primavera de 2016, em São Paulo
Morador de rua dorme no Páteo do Colégio na primavera de 2016, em São PauloCréditos: Raphael Sanz/Autorizada pelo autor a publicação na Fórum
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Um grupo de 8 pessoas, composto por moradores em situação de rua, passou mal e precisou ser hospitalizado após receber marmitas na noite da última quinta-feira (18) no centro de São Paulo. Eles apresentaram vômitos, sangramentos e dores de barriga e garganta. Ao que tudo indica, trata-se de uma severa intoxicação alimentar.

Para a reportagem da TV Globo, que foi ao local, moradores das ruas da região afirmaram que as marmitas realmente foram entregues mas que nem todos que a comeram passaram mal. Em todo caso, mesmo aqueles que não passaram mal teriam atribuído o mal-estar do grupo aos alimentos. As marmitas teriam arroz, ovos e linguiça.

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“Estávamos do outro lado e vimos, de madrugada, todo mundo passando mal. Nós que ajudamos a chamar a Guarda Civil Metropolitana (GCM)”, disse um dos moradores em situação de rua aos jornalistas. Por sua vez, a GCM foi ao local e conduziu aqueles que passavam mal a unidades de atendimento médico da região.

De acordo com nota da Secretaria Municipal de Saúde, emitida no último sábado (20), 3 adultos tiveram alta médica e outro segue em observação em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento). Enquanto isso, as 4 crianças do grupo seguem internadas no hospital infantil Menino Jesus, com o estado de saúde estável.

O 1º Distrito Policial de São Paulo, localizado no bairro da Liberdade, abriu um inquérito e investiga o caso. Os policiais já ouviram as pessoas que participaram do socorro ao grupo após a entrega das marmitas.

As testemunhas afirmam que os moradores em situação de rua vivem na região central, entre as praças da e do Patriarca, onde receberam as refeições de dois homens que às quintas-feiras, em uma kombi preta, distribuem alimentos no local.

Médicos que atenderam o grupo apontam que o mais provável é que se trate de uma intoxicação alimentar e teriam descartado a possibilidade de um envenenamento. A principal suspeita é de que os alimentos possam ter sido contaminados em algum momento entre o preparo e a entrega.

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