MUTILAÇÃO

Foi operar o útero e perdeu o braço

Passista da escola de samba Grande Rio foi internada para retirada de miomas e teve o braço esquerdo amputado

Créditos: Reprodução TV Globo
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A passista Alessandra dos Santos Silva, de 35 anos, da escola de samba Acadêmicos da Grande Rio, foi internada no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro (RJ), para retirar miomas no útero e teve alta dias depois com parte do braço esquerdo amputado.

A cirurgia foi realizada no dia 3 de fevereiro pela manhã. À noite, a equipe médica detectou uma hemorragia. No dia seguinte a paciente precisou ser submetida a uma histerectomia total — a retirada completa do útero. 

No dia 6, Alessandra foi transferida para o Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (Iecac), em Botafogo. Segundo parentes, o braço da passista estava praticamente preto. Um médico lhes diz que iria drenar o braço, “que já estava começando a necrosar”.

Em 10 de fevereiro, o Iecac informa que a drenagem não deu certo e que “ou era a vida de Alessandra, ou era o braço”, porque a necrose iria se alastrar. A família autoriza a amputação. A cirurgia é feita, mas o estado da mulher se agrava, com o rim e o fígado quase parando e com risco de uma infecção generalizada.

De acordo com a família de Alessandra, até agora, dois meses e meio depois dos procedimentos, nenhuma autoridade explicou a causa que levou à amputação — apenas foi dito que ela corria risco de necrose.

A Secretaria Estadual de Saúde disse que vai abrir uma sindicância para apurar o que aconteceu no Hospital da Mulher Heloneida Studart.

A Polícia Civil informou que o caso foi registrado na 64ª DP (São João de Meriti) e que os agentes requisitaram o laudo médico de atendimento na unidade para fazer uma análise.

Caso semelhante 

No dia 17 de janeiro deste ano, um episódio semelhante ocorreu com Gleice Kelly, de 24 anos. Ela foi ao Hospital da Mulher de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, para dar à luz e deixou o local com a mão amputada. A hipótese é de que as complicações que levaram à amputação podem ter relação com o acesso venoso.

Com informações do G1 e CNN