E. E. THOMAZIA MONTORO

Feridos no ataque contra escola de São Paulo estão fora de risco; Veja quem são

Dois estudantes e duas professoras já tiveram alta hospitalar; Uma terceira professora passou por cirurgia

As professoras Jane Apergis e Ana Célia da Rosa ficaram feridas.Feridos no ataque contra escola de São Paulo estão fora de risco; Veja quem sãoCréditos: Reprodução /Redes Sociais
Escrito en BRASIL el

Além de ocasionar o falecimento da professora Elisabeth Tenreiro, de 71, o ataque a facadas perpetrado por um adolescente de 13 anos contra a Escola Estadual Thomazia Montoro, em São Paulo, que chocou o Brasil nesta segunda-feira (27), deixou outros 5 feridos. Entre eles, dois alunos e duas professoras que receberam atendimento médico e já tiveram alta hospitalar, e uma terceira professora, que segue internada.

A ação foi flagrada por câmeras de segurança da instituição e chegou a ser anunciada pelo autor nas redes sociais. O adolescente foi apreendido, já está na Fundação Casa e prestou depoimento para a polícia mais cedo.

De acordo com boletim médico divulgado no fim da tarde desta segunda, a professora Ana Célia da Rosa, de 58 anos, precisou passar por cirurgia a fim de fechar os ferimentos e tem o estado de saúde estável. Ela se recupera da cirurgia e é monitorada pelos médicos.

Ana Célia foi a professora de história socorrida pelas colegas Cintia da Silva Barbosa (37) e Sandra Pereira Mendes (44) enquanto era esfaqueada.

Jane Gasperini Apergis, de 57 anos, leciona português desde 1997 e é mestra em linguística pela PUC-SP. Sofreu ferimentos leves e já teve alta. A outra professora ferida é Rita de Cássia Reis, de 67 anos, também dá aulas de história e teve alta hospitalar.

Entre os alunos que receberam atendimento médico, um sofreu facadas enquanto tentava defender-se, e outro teve ataques de pânico por conta do episódio. Os adolescentes não tiveram os seus nomes revelados.

A vítima fatal

A professora Elisabete Tenreiro, de 71 anos, que lecionava na Escola Estadual Thomazia Montoro, em São Paulo, foi assassinada, nesta segunda-feira (27), depois de ser esfaqueada por um aluno dentro da sala de aula. Outras três educadoras e um aluno ficaram feridos.

Elisabete sofreu uma parada cardíaca e morreu no Hospital Universitário, da USP. Ela era professora de Ciências, no ensino fundamentale e médio, e atuava no estabelecimento de ensino desde o começo de 2023.

“Ela era uma pessoa dedicada a lecionar, como propósito de vida. Ela achava que ela tinha essa missão, em um país com tanta falta de educação, se ela pudesse mudar a trajetória de um aluno, ela já ganhava com isso. Ela era muito querida por onde ela passou”, afirmou uma de suas filhas, em entrevista ao G1.

Bete, como era chamada por colegas e alunos, também trabalhou no Adolfo Lutz como técnica e, a partir de 2015, passou a lecionar. Em 2020, se aposentou do instituto. Antes de atuar na Escola Estadual Thomazia Montoro, ela dava aulas na Escola Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo, em Pinheiros (SP).

Divulgada suposta carta do autor do atentado

Uma carta que teria sido escrita pelo adolescente de 13 anos foi apresentada pela reportagem do telejornal Balanço Geral, da TV Record, na tarde desta segunda (27).

No papel apresentado pela emissora de televisão, o garoto fala de “causa maior”, ainda que sem explicar claramente ao que se referia, além de pedir desculpas aos familiares pelo ato que viria a cometer.