Uma sessão da Câmara de Vereadores de Sorocaba, no interior de São Paulo, discutia na última quinta-feira (16) uma proposta para fazer homenagem oficial à ex-vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL), assassinada em março de 2018 por Ronnie Lessa. Eis que o vereador Cícero João (PSD) pedia a palavra para falar o maior absurdo que poderia ser dito naquele contexto.
De acordo com o parlamentar, que é contra a homenagem, a cidade teria problemas mais importantes para lidar. E que no trato desses problemas não importaria a raça, cor ou orientação sexual dos vereadores eleitos, uma vez que todos têm o mesmo peso na hora de votar.
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Em meio ao discurso, um colega o interrompeu lembrando-o de que Marielle Franco foi assassinada e o crime até agora não foi completamente solucionado pela Justiça do Rio de Janeiro. Em resposta, Cícero afirmou que “o assassinato de mulheres é algo comum e não importa a raça”.
Questionado no mesmo momento pelos presentes sobre a frase que acabara de dizer, o vereador insistiu que os feminicídios seriam normais no contexto brasileiro e que não seria necessário distinguir Marielle como uma vítima.