Os metroviários de São Paulo se reuniram em assembleia na noite desta terça-feira (3), após uma jornada de mobilizações, para deliberar a respeito da greve que paralisou as linhas 1 Azul, 2 Verde, 3 Vermelha e 15 Prata do metrô paulistano. Ficou decidido pelo fim da greve.
Dos 2952 trabalhadores que votaram, a imensa maioria foi a favor do fim da paralisação: 2331. Os votos foram recolhidos em sistema online entre as 19h e as 21h.
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A greve desta terça-feira foi histórica. Juntou pela primeira vez e na mesma mobilização trabalhadores do metrô, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da Sabesp, três estatais que correm riscos de privatização por parte do atual governo estadual, encabeçado pelo bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos).
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A mobilização foi justamente uma resposta dos trabalhadores contra a política de privatizações que já está em curso. Na próxima semana, em 10 de outubro, haverá um pregão de terceirização dos serviços de atendimento do Metrô. Uma semana depois (17) está marcado o pregão de terceirização da Linha 15 do Metrô e em 29 de fevereiro o leilão da Linha 7 Rubi da CPTM.
Além dos metroviários, os sindicatos de trabalhadores da CPTM tinham votado apenas por uma paralisação de 24 horas, não por uma greve, o que já previa o retorno das linhas de trens metropolitanos operadas pela estatal na próxima quarta-feira (4). Nada mudou nesse sentido.
Os trabalhadores provavelmente continuarão se movimentando contra as privatizações, que seguem em pauta. Mas ainda não há nenhuma novidade nesse sentido.