IMPRENSA

Greve em SP: Presidente do Sindicato dos Metroviários cobra imparcialidade da GloboNews

Para Camila Lisboa, principal canal de jornalismo do país deveria abrir espaço para o contraditório; Mais cedo, Tarcísio de Freitas falou ao vivo no canal

Camila Lisboa, presidenta do Sindicato dos Metroviários de São Paulo.Créditos: Marcelo Oliveira
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A presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Camila Lisboa, usou as redes sociais na tarde desta terça-feira (3) para cobrar imparcialidade da GloboNews. Em meio ao calor dos acontecimentos da greve que abrange trabalhadores do metrô, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e Sabesp, o principal canal de jornalismo do país não deu quase nenhum espaço ao movimento. Ao mesmo recebeu, em entrevistas ao vivo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).

“Ricardo Nunes e Tarcísio entraram ao vivo na GloboNews. Faço novamente o apelo para que os representantes dos trabalhadores também possam entrar ao vivo para apresentar nossos pontos de vista do dia de hoje”, declarou a dirigente.

Os grevistas apontam que a privatização diminuirá a qualidade dos serviços, além de encarecer a tarifa. Após privatizar as linhas 8 e 9 do metrô, por exemplo, ambas apresentaram ainda mais problemas, como: oito descarrilamentos na linha 8, um na linha 9, trens atrasados, porta aberta e 200 dias de velocidade reduzida.

Um exemplo de privatização malsucedida e usada como argumento pelos grevistas são as linhas de trem e metrô no Rio de Janeiro. Com a tarifa mais cara do país, a Supervia custa R$ 7,40 e enfrenta diversos problemas como atrasos, intervalos de até 1 hora, trens precários e lotados. 

O Metrô Rio segue o mesmo exemplo, também com a passagem mais cara, custando R$ 6,90 e usuários diariamente enfrentam transtornos com trens superlotados. 

Os funcionários das empresas também pedem melhoria de salários e mudanças no ambiente de trabalho, segundo Camila Lisboa, presidenta Sindicato dos Metroviários SP. Eles também se posicionam contra terceirizações no sistema de bilheteria do Metrô que, segundo Camila, deve se traduzir em redução de salário, como na maioria das terceirizações.

Os grevistas ainda reivindicam a realização de um plebiscito, ou seja, uma consulta popular para saber a opinião da população sobre as privatizações.