VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS

Aluno de ensino médio atira em três colegas em escola pública de São Paulo

Caso ocorreu na Escola Estadual Sapopemba, localizada na Zona Leste de São Paulo; pais de alunos correram para a escola atrás de informações

Tiros em escola.Créditos: Reprodução TV Globo
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Mais um caso de violência nas escolas brasileiras. Um tiroteio na Escola Estadual Sapopemba, localizada na Zona Leste de São Paulo, na manhã desta segunda-feira (23), deixou uma estudante morta e outros dois feridos. O autor dos disparos foi detido.

De acordo com informações preliminares do início da manhã um estudante do primeiro ano do Ensino Médio teria entrado na escola portando uma arma e atirado contra seus colegas.

A Polícia Militar de São Paulo (PMSP) foi acionada por volta das 7h30 para responder à ocorrência na Rua Senador Lino Coelho.

Um helicóptero da PM chegou ao local, acompanhado por mais de 20 viaturas, para lidar com a situação. Além disso, uma ambulância foi despachada e se encontra na escola.

Um estudante está em estado grave e foi levado para o hospital. Vários pais de alunos correram para a escola atrás de informações.

Identificação do autor

No decorrer da manhã, a tragédia acabou sendo esclarecida. O autor dos disparos que fez uma vítima fatal e outros dois feridos na Escola Estadual Sapopemba, na zona leste de São Paulo, o adolescente L.O.T., de 16 anos, usou um revólver calibre 38 que pertence ao pai para cometer o atentado.

Segundo informações de alunos e professores da escola, o adolescente sofria bullying por ser gay.

O adolescente, que foi detido, teria sido auxiliado por uma aluna lésbica e outros dois alunos tímidos, que também seriam alvo de bullying na escola.

Uma mulher que disse ser vizinha do atirador afirmou que vídeos dele apanhando de colegas por ser homossexual. 

"Ele apanhava direto na escola, na sala dele, por causa disso. Apanhava das meninas. Tem vídeo na internet, vocês vão ver, dele apanhando na escola", disse a mulher.

O adolescente chegou a fazer um boletim de ocorrência no dia 24 de abril deste ano em que relata ter sofrido agressões e ameaças de alunos. O atentado teria ocorrido justamente na sala de aula onde ele estuda.

Crimes cibernéticos

Pelas redes sociais, o ministro da Justiça Flávio Dino anunciou que colocou à disposição do governo de São Paulo o Laboratório de Crimes Cibernéticos.

"Solidariedade às vítimas, suas famílias e à comunidade da escola estadual de São Paulo, alvo de ataque com arma de fogo. Laboratório de Crimes Cibernéticos do Ministério da Justiça foi acionado para auxiliar a Polícia de São Paulo a aprofundar as investigações", escreveu o ministro.

*Matéria atualizada às 16h30 para inclusão de informações