A popularização nacional do xeque-mate, bebida fundada em 2015 em Belo Horizonte que combina mate, rum, guaraná e limão, foi um fenômeno: hoje, as latinhas são encontradas em mercados do Brasil inteiro, e versões artesanais produzidas em growlers são mais comuns na capital mineira.
Mas o fenômeno não parou por aí: além do xeque-mate, Belo Horizonte tem lançado tendências de drinks enlatados, como o talvez segundo mais famoso Lambe Lambe.
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"Lambe Lambe é uma bebida natural, alcoólica, frisante, leve e deliciosa", diz a marca. É um drink pronto produzido a partir da fermentação natural de "frutas de verdade", flores e outros aromáticos.
A marca, que nasceu para "democratizar o acesso aos drinks", está presente em diversos pontos estratégicos da capital mineira, em galerias de bares, como o Mercado Novo, e na rua — na região movimentada da Savassi.
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Ela também é livre de glúten, vegana e low carb (tem entre 34 e 37 calorias): "Sexy sem ser artificial".
Um outro drink enlatado que tem feito sucesso é o Gingibre, produzido pela Equilibrista, que "faz drinks artesanais de forma disruptiva desde 2015 em Belo Horizonte".
Uma bebida à base de gengibre, limão e gin artesanal, o Gingibre é refrescante e também deve fazer sucesso no Carnaval belorizontino.
Belo Horizonte é a capital da boemia — e dos bares. De acordo com dados coletados por pesquisa do Ministério da Saúde em 2021, pelo menos 25,1% dos belorizontinos consomem mais de quatro doses de bebida alcoólica no intervalo de um mês.
Classificada como a sexta capital com maior uso abusivo de álcool no país, a cidade mostra seu destaque, também, na produção de bebidas alternativas.
Uma marca nascente na cidade, a Stone Light, conhecida por seus drinks tradicionais enlatados (como mojito, tripical gin e pink lemonade), investiu até R$ 1 milhão na produção de bebidas só para o Carnaval de 2025 na capital.
Durante o evento, a cada duas bebidas da Stone adquiridas no Carnaval, vai-se ganhar uma garrafinha mineral, numa nova campanha da Stone para o estímulo à redução de danos e ao equilíbrio no consumo de álcool.
Em 2024, o Carnaval de Belo Horizonte movimentou cerca de 5,5 milhões de pessoas ao longo de 23 dias. Em 2025, a expectativa é que o número aumente para 6 milhões.
E o consumo de bebidas locais também tende a aumentar. Em fevereiro, 14 produtoras artesanais de bebida de Belo Horizonte lançaram uma ação coletiva para incentivar o consumo das produções locais no evento em 2025.
A ação buscava combater a restrição, anunciada no começo de fevereiro pela Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur), da vendas de cervejas que não são fabricadas pela Ambev — marca que patrocina o evento — dentro das dez vias oficiais do carnaval belorizontino entre 28 de fevereiro e 4 de março.
Denominada "Neste carnaval, eu bebo local", a ação quer evidenciar a qualidade das bebidas de produção regional, e se opõe contra a proibição.