2025 mal começou, mas já houve um recorde de temperatura registrado no Brasil: em Porto Murtinho, município na fronteira entre Mato Grosso do Sul e Paraguai, foi registrada a máxima de 41,8°C na última sexta-feira (10) — a mais alta até agora, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia.
A cidade, que tem um perfil tropical úmido, já registrou uma máxima absoluta de 42,7°C em setembro de 2023. A mínima absoluta, por sua vez, foi registrada em julho de 2013, marcada em 1,1°C, de acordo com o INMET (Instituto Nacional de Meteorologia).
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Há, atualmente, uma "bolha de calor" em curso, afetada pela ocorrência do fenômeno La Niña, que deve se estender e ganhar força pela América Latina, entre Argentina, Uruguai, Paraguai e a região sul do Brasil (que inclui Mato Grosso do Sul e o interior do estado de São Paulo, a oeste, e também pode atingir o Rio Grande do Sul).
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A partir desta segunda (13), as médias de temperatura tendem a atingir máximas locais, informam institutos de observação meteorológica; no Rio Grande do Sul, a temperatura chegou a 35°C na segunda (13), e deve variar entre 36°C e 38°C na terça (14).
A bolha de calor ocorre quando uma área de alta pressão age como uma "tampa" e comprime o ar quente na superfície, aumentando as temperaturas de maneira dispersa, informa o observatório MetSul.
Outras regiões do Mato Grosso do Sul, como a cidade de Amambai, a 90 km de Ponta Porã, também foram atingidas por temperaturas extremas: registrou 40,3°C, ainda na sexta (10).
A falta de chuvas e a nebulosidade criaram as condições para um sol mais intenso, o que levou à alta das temperaturas. Este ano, o La Niña, fenômeno que resfria as águas do Oceano Pacífico, deve "redirecionar os corredores de umidade" e deixar regiões como Mato Grosso do Sul fora do alcance de "chuvas frequentes e volumosas", informa o Perfil.
A bolha de calor em curso, combinada ao fenômeno, deve gerar mais temperaturas altas nos próximos dias.