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Cadeirada: Marçal fez encenação e mentiu sobre fratura, diz laudo do IML

Após ser alvo de Datena, Marçal fez dramatização em ambulância e se internou no Hospital Sírio Libanês, que informou sobre fratura. Mas, exame de corpo de delito, feito pelo IML, mostra que o ex-coach sofreu lesão leve

A encenação de Marçal: cadeirada, ambulância e braço engessado no debate seguinte.Créditos: Reprodução de vídeo / YouTube
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A encenação de Pablo Marçal (PRTB), que alegou ter fraturado uma costela e o punho direito na cadeirada desferida por José Luiz Datena (PSDB) durante o debate de domingo (15) na TV Cultura, não passou de uma grande mentira.

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A mais nova fraude do ex-coach foi comprovada pelo laudo emitido pelo Instituto Médico Legal (IML), que concluiu que o candidato sofreu lesão leve e sem indícios de fratura.

A informação foi divulgada nesta quinta-feira (19) pela jornalista Mariana Zylberkan, na Folha de S.Paulo, e desmascara a dramatização feita por Marçal, que chegou a se internar no Hospital Sírio Libanês após a reação do apresentador tucano às suas provocações.

Antes de deixar o hospital, o boletim médico dizia que Marçal teve "traumatismo na região do tórax à direita e em punho direito, sem maiores complicações associadas". 

No entanto, ele teve que fazer exame de corpo de delito no IML para dar sequência ao  inquérito instaurado no 78º Distrito Policial (Jardins). No boletim de ocorrência, a defesa de Marçal alega que ele foi vítima de lesão corporal e injúria.

Na terça-feira (17), ele apareceu com o braço engessado e se vitimizou da situação durante debate da Rede TV e portal Uol.

A estratégia, no entanto, parece ter dado chabu. Pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (18) mostra que  Marçal caiu de 23% para 20% nas intenções de votos após o episódio.

Choro e drama

Após a cadeirada, Marçal se recusou a permanecer no debate e decidiu "fazer cena" e "chorar" nas redes sociais.

Após o ocorrido, ele deixou os estúdios da TV Cultura proferindo xingamentos a Datena caminhando. Logo depois, entretanto, decidiu entrar em uma ambulância para ir até o hospital e passou a divulgar vídeos nas redes sociais. 

Nas imagens, Marçal aparece dentro da ambulância deitado em uma maca e utilizando máscara de oxigênio para dar um tom dramático à situação. Depois, publicou uma foto em que aparece hospitalizado. Ele chegou a fazer publicações, ainda, comparando a agressão que sofreu aos atentados contra Jair Bolsonaro, em 2018, e contra o ex-presidente dos EUA Donald Trump, este ano. 

O exagero de Marçal fica evidente em um vídeo em que aparece na maca do hospital. Na imagem, é possível ver que o "coach" de extrema direita utiliza uma pulseira de cor verde colocada após passar pela triagem.

A cor verde indica que sua situação não é urgente, de acordo com o Protocolo de Manchester. Para situações urgente, muito urgente e emergência, as cores são amarelo, laranja e vermelho, respectivamente. Horas depois de internautas apontarem a cor da pulseira de Marçal, o candidato apagou o vídeo em questão.

Costela fraturada 

Pablo Marçal foi internado no Hospital Sírio Libanês e, através do Instagram, disse que teve uma costela fraturada. Ele teria relatado, a caminho da unidade de saúde, dificuldade para respirar, mas seu atendimento não foi considerado de urgência.

Durante a semana, ele fechou a cancelar a agenda, alegando dores na costela. Em caminhada pela rua Santa Ifigênia, o grupo que acompanha o coach reagiu de maneira violenta ao motoboy Rogério Rodrigues, que tentou chegar perto do candidato com uma cadeira para tirar sarro.

O vereador Rubinho Nunes (União Brasil), apoiador do ex-coach, pulou para cima do sujeito e só parou ao perceber que se tratava de uma piada.

O motoboy Rodrigues afirmou que tudo era apenas uma brincadeira: “Jamais pensei em atentar contra a vida dele”, desabafou. “A rapaziada dele ficou incomodada comigo e vieram me agredir, um veio dar mata-leão, bicuda. Mas foi só um protesto político mesmo, contra o Marçal”, completou.