O candidato Pablo Marçal (PRTB) costuma abanar a carteira de trabalho na cara de seus adversários. Ele a adotou como uma espécie de símbolo da sua campanha à Prefeitura de São Paulo.
Ele chegou a mostrar a carteira para Guilherme Boulos (PSOL), seu adversário, afirmando que ele nunca trabalhou, o que é mentira.
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A bravata, no entanto, só serve como símbolo mesmo. As empresas em que ele tem participação sofrem vários processos e condenações por não assinar a carteira dos funcionários.
Ao ser perguntado sobre o assunto durante o programa Roda Viva, ele respondeu que "a maior parte é terceirizado, porque a gente mexe com muita tecnologia". Mentira. A Folha, em nota publicada nesta quarta-feira (18), afirma ter verificado vários processos de suas empresas que mostram processos de funcionários como pintores, faxineiras e jardineiros, todos sem registro.
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Desumanidade
Entre os casos, um deles foi parar no programa eleitoral de Boulos.
Um funcionário do Resort Digital, em Porto Feliz (SP), empresa do grupo de Marçal, alegou que, além de não ter carteira assinada, afirma ter sido demitido pouco antes do Natal de 2021. Ele foi contratado para ser gestor da fazenda, mas foi expulso com a mulher e três filhos e teve que passar a noite com a família na recepção de uma pousada.
A empresa de Marçal foi condenada pela Justiça a pagar R$ 80 mil em decorrência de irregularidades trabalhistas e também a título de danos morais.
Vários outros casos foram citados na reportagem. Marçal não se pronunciou e a empresa alegou falta de provas.
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