Baixando o nível para se aproximar de seu tutor, Jair Bolsonaro (PL), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) bem que tentou seguir os conselhos de Nikolas Ferreira (PL-MG) - seu conselheiro virtual - e lacrar sobre Guilherme Boulos (PSOL) nas redes sociais.
No entanto, o candidato bolsonarista à reeleição, que vem sendo tragado da disputa pelo também aliado do ex-presidente Pablo Marçal (PRTB), tomou uma invertida histórica.
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Sem mencionar o episódio da facada em Bolsonaro na campanha em 2018, Nunes escreveu na manhã deste domingo (25) na rede X: "relativizar uma tentativa de assassinato é algo que o Boulos faria".
No entanto, Nunes esqueceu seu telhado de vidro e foi cobrado intensamente pelos seguidores de um episódio nebuloso de seu passado: a noite em que parou na delegacia após tiros na porta da balada.
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"Em quem vc atirou?", diz um perfil comentando a publicação do medebista e compartilhando reportagem sobre o caso.
Tiros na boate
Na madrugada de 23 de setembro de 1996, Nunes e um amigo tinham ido a uma balada chamada Caipirão, em Embu das Artes, na Região Metropolitana da capital paulista. Não se sabe exatamente o que aconteceu naquela noite, mas o fato é que às 3h um policial civil que fazia bico no estabelecimento, e que estava dentro de um carro na porta da boate, ouviu um tiro.
Ele desceu do veículo e diz que viu Nunes com uma pistola na mão, junto de um outro homem. Na sequência, revela ainda este depoimento, o agora prefeito de São Paulo teria efetuado ainda mais um disparo.
O investigador teria sacado sua arma e abordado Nunes, enquanto o amigo dele fugiu do local. Nessa época o político era um jovem de 28 anos, solteiro. Como era de se esperar, ele foi conduzido a uma delegacia de polícia para formalizar o ocorrido.
Por sorte, a história ocorreu sete anos antes da entrada em vigor da Lei 10.826/03, o Estatuto do Desarmamento, que tornou a posse e o porte ilegais, assim como crimes relacionados a armas de fogo, como disparos em via pública, atos muito mais graves e passíveis de penas muito maiores.
À época do incidente com Nunes, estar com uma arma não registrada, sem porte e dando tiros era algo considerado apenas uma contravenção.
Veja mais reações à tentativa frustrada de lacração de Nunes