Com a intenção de subir nas pesquisas, a candidata do PSB à prefeitura de São Paulo, Tabata Amaral foi com tudo pra cima de Pablo Marçal (PRTB) e deixou o ex-coach desnorteado ao revelar que parte da equipe dele é de remanescentes das gestões do ex-prefeito e ex-governador tucano João Doria, que abandonou a política.
Em uma estratégia forte, Tabata expôs Marçal e um dos motivos de ele ter sido abandonado por Jair Bolsonaro (PL), após insistentes pedidos de apoio do ex-presidente.
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"Na verdade, candidato, é que nem o Bolsonaro confia em você. Falou nesta semana que você é igual produto estragado. E quando a gente olha para seu redor, o que a gente vê na verdade é a equipe do Doria. Pesquisem que é Wilsinho, que tá com ele. Pesquisem quem é Filipe Sabará. Até a calça tá mais apertadinha. Então, minha pergunta é: você acha que o Bolsonaro lhe rejeita porque você é o Doria 2.0?", disparou a deputada do PSB.
Sem graça, Marçal tentou responder dizendo que "Doria apoia as mesmas coisas que vocês, porque são de esquerda", tentando colocar o ex-tucano no campo progressista. "É muito orgulho ter o Sabará que tirou 3,5 mil pessoas da situação de rua", emendou, mudando de assunto em seguida.
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Secretário de Assistência Social no governo João Doria, Filipe Sabará chegou a fazer vídeo sobre sua política para acabar com os moradores de rua em 2017. Nas imagens, ele aparece levando um morador em situação de rua para a rodoviária para embarcá-lo para São Luiz, no Maranhão, dando como presente um "kit com toalha e escova de dente para voltar para sua terrinha com dignidade".
Ex-secretário-executivo de Desenvolvimento Social e ex-presidente do conselho do Fundo Social, Sabará deixou o governo Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) em junho desse ano para ser o coordenador da equipe de Marçal.
Wilsinho, também citado por Tabata, é outro Ex-Doria que em suas rede no LinkedIn se coloca como "secretário particular" do governo Tarcísio, que oficialmente apoia o atual prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB).
Wilsinho Pedroso, como é conhecido, deixou a campanha de Nunes, onde atuava como consultor político, na noite do dia 7 de agosto, véspera do primeiro debate na Band, quando estreou como assessor de Marçal.