Pelo menos 25 universidades federais aprovaram o fim da greve após mais de 60 dias de paralisação. As instituições fazem parte da Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes-SN), sindicato que estava resistindo ao acordo com o governo.
O anúncio se refere somente ao corpo docente das universidades, já que o serviço Técnico-Administrativo em Educação (TAE) continua com a paralisação, além de alunos em algumas instituições.
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A principal motivação para o fim da greve foi "a intransigência do governo (e do Congresso) em aceitar novas concessões e sua recusa em seguir negociando a pauta salarial", de acordo com o comunicado oficial da Associação dos Docentes da Unifesp (Adunifesp). Para os professores, essa postura do governo "tornaria o prolongamento do movimento doravante cada vez mais inócuo e fútil na opinião da maioria daquelas(es) que participaram da última Assembleia da Adunifesp".
A associação também afirmou que a continuidade da greve geraria tensão na base da categoria com o cansaço e o desgaste da Universidade. "Uma avaliação aparentemente compartilhada por boa parte dos comandos de greve de outras universidades e pelo comando nacional do Andes-SN".
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Além da Unifesp, que retorna com as aulas na próxima segunda-feira (24), as outras 22 universidades que anunciaram o fim da greve foram:
- UFPR: Fim da greve com assinatura do acordo com o governo e retorno na próxima segunda-feira;
- UnB: Fim da greve com assinatura do acordo com o governo e retorno na próxima segunda-feira na próxima quarta-feira;
- UFBA:Fim da greve com assinatura do acordo com o governo e retorno na próxima segunda-feira na próxima quarta-feira
- UFABC: Fim da greve sem assinatura do acordo com o governo e retorno na próxima segunda-feira na próxima quarta-feirapróxima segunda-feira;
- UTFPR: Fim da greve com assinatura do acordo com o governo mas sem data de retorno;
- UFRPE: Fim da greve com assinatura do acordo com o governo e retorno em 1º de julho
- UFRB: Fim da greve com assinatura do acordo com o governo e retorno em 1º de julho partir da próxima quarta-feira
- UFFS: Fim da greve com assinatura do acordo com o governo e retorno a partir da próxima segunda-feira
- UFVJM: Fim da greve com assinatura do acordo com o governo e retornou na última quinta-feira
Volta unificada:
- UFRRJ - Fim da greve com assinatura do acordo com o governo e retorno com as outras instituições que aderiram à paralisação. Propõe volta das atividades entre os dias 24 de junho e 03 de julho
- UFPB - Fim da greve com assinatura do acordo com o governo e retorno com as outras instituições que aderiram à paralisação
- UFMS - Fim da greve com assinatura do acordo com o governo e retorno com as outras instituições que aderiram à paralisação
- UFF - Fim da greve com assinatura do acordo com o governo e retorno com as outras instituições que aderiram à paralisação
- UFSJ - Fim da greve com assinatura do acordo com o governo e retorno com as outras instituições que aderiram à paralisação
- UFRR - Fim da greve com assinatura do acordo com o governo e retorno com as outras instituições que aderiram à paralisação
- UFCG - Fim da greve com assinatura do acordo com o governo e retorno com as outras instituições que aderiram à paralisação
- UFOP - Fim da greve com assinatura do acordo com o governo e retorno com as outras instituições que aderiram à paralisação
- CEFET/RJ - Definiu pela construção de saída coletiva da greve condicionada ao cumprimento dos termos preestabelecidos nas mesas de negociação com MGI e MEC
- UFAPE - Fim da greve sem assinatura do acordo com o governo e retorno com as outras instituições que aderiram à paralisação
Retornos já anunciados
- UFMG - Encerrou a greve no último dia 5
- UFSC - Encerrou a greve no último dia 17
Sem detalhes
- UFJF - Definiu o fim da greve, mas ainda não informou se imediato ou apenas junto das outras instituições
Demandas dos grevistas
Entre as principais reivindicações dos servidores federais estão a recomposição salarial entre 22,71% a 34,32%, reestruturação das carreiras da área técnico-administrativa e de docentes, revogação de “todas as normas que prejudicam a educação federal aprovadas nos governos Temer e Bolsonaro”, como o Novo Ensino Médio, recomposição do orçamento e o reajuste imediato dos auxílios e bolsas dos estudantes.
Em março, servidores técnicos administrativos em educação (TAEs) já haviam anunciado a paralisação em ao menos 30 universidades do país. A mobilização é organizada pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra).