O pastor Ed René Kivitz, líder da Igreja Batista de Água Branca, uma das mais tradicionais do país, em São Paulo, fez um contundente sermão em que condena e critica o Projeto de Lei 1904/2024. Conhecido como "PL do Estupro", o PL equipara a interrupção de gestação acima de 22 semanas ao crime de homicídio.
Kivitz diz em seu sermão que o PL do Aborto “trata com displicência e leviandade uma das mais das desumanas realidades do nosso país: a violência contra a mulher”.
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Ele ainda descreve com dados estatísticos os casos de feminicídio e de abusos como o estupro. Ele ainda afirmou que não fazia um sermão sobre aborto, mas sim um sermão sobre a perversão da religião.
Ele também afirmou que esse é um sermão sobre o evangelho da graça de Deus contra a religião fundamentalista. Segundo o pastor, "evangélico não tem bancada, tem cambada".
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Veja o vídeo abaixo:
"Quem é contra a exclusão é excluído"
Em 2021, durante o governo do então presidente Jair Bolsonaro (PL), Kivitz foi excluído da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil em São Paulo por causa de uma pregação na qual defendeu que a Bíblia deveria ser atualizada para não “legitimar escravidão” e para que homossexuais não sejam mais condenados ao inferno por causa de textos bíblicos que não foram atualizados.
Na época, ele publicou um vídeo em seu canal do YouTube afirmando que “num mundo de exclusão, quem é contra a exclusão é excluído”.
“Eu hoje experimento aquilo que eu disse que acontece e que já vi acontecer tantas vezes. Num mundo de exclusão, quem é contra a exclusão é excluído. É muito simbólico que eu seja desligado da Ordem por ter pregado um sermão dizendo que precisamos parar de excluir pessoas. É muito irônico e muito profético que eu seja desligado por ter dito que se continuarmos a tratar a Bíblia de maneira dogmática, autoritária e com essa leitura fundamentalista, nós continuaremos excluindo pessoas. Então eu fui excluído por dizer isso”, afirmou.