Na última quinta-feira (2) o pastor Lucinho Barreto, da Igreja da Lagoinha de Belo Horizonte, viralizou nas redes sociais ao afirmar durante um culto que já teria beijado na boca da própria filha que, na sua opinião, seria um “mulherão”. Mas a fala perturbadora não foi a única que ele fez aos fiéis. Nesta segunda-feira (6) começa a viralizar um segundo vídeo, ainda mais assustador, em que ele diz que beija o seu filho de apenas 8 anos.
A suposta razão para a confissão da relação incestuosa, segundo o discurso do próprio pastor Lucinho Barreto, seria uma forma de prevenir que o filho desenvolvesse desejos afetivos e sexuais por outros homens. De acordo com o site "Fuxico Gospel", as imagens foram feitas em 2013.
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“Você é gay? Então você vai ser gay sabe com quem? Comigo! Nós dois. Somos homens, então vou beijar sua boca. Nós dois vamos aqui dentro dessa casa, eu não te largo por nada nessa vida, vou cuidar de você porque não pus nesse mundo para você ser cobaia do capeta! E nós vamos virar machos os dois, caramba”, declarou.
A seguir, o pastor detalha melhor sua estratégia. Ele defende que ao beijar a criança, tiraria dela a curiosidade em torno de um possível primeiro beijo com um homem desconhecido. Mas talvez a parte mais perturbadora não seja a fala do pastor em si, mas a reação dos fieis, que riem ao ouvirem as frases destacadas a seguir.
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“Eu e meu filhinho de 8 anos, a gente beija na boca. Esse menino vai querer beijar na boca de quem se ele já beijou?”, pergunta o pastor arrancando risos dos fieis.
E prossegue: “Se alguém chegar pra ele falar assim: ‘Dá um beijo aqui’, ele vai falar: ‘Ih véio (SIC), já estou beijando um homem aí, pô’”, arrancando mais risos da audiência.
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Beijou a filha e cheirou a Bíblia
“Eu peguei minha filha um dia, dei beijo nela, falava que amava ela... Ela passava e eu falava ‘nossa, que mulherão, hein... Ai se eu te pego’... Aí ela ficava assim: ‘credo pai, vocês já é da mamãe’... Aí eu beijava ela, aí um dia ela distraiu assim e eu dei um beijo na boca dela... ‘Que isso, pai?’... Aí eu falei assim, que quando eu encontrar o seu namorado eu vou falar assim ‘você é o segundo, eu já beijei’...”, contou o cristão nas imagens que viralizam na última semana.
No caso do culto da capital mineira, no qual contou que beijou a filha na boca e que proferiu palavras pouco comuns para a herdeira, Barreto também foi aplaudido e reverenciado com risos e gargalhadas após a declaração dantesca. Diante do rebuliço gerado pela história narrada, a filha do pastor decidiu entrar no circuito e correu para dizer que “seu pai nunca fez nada com ela”, tendo sido sempre “uma figura paterna maravilhosa” e que o escândalo é fruto de uma “retirada de contexto” das palavras do líder evangélico. Para quem viu um ato de pedofilia na narrativa, a jovem chamou de “maldosos”.
“Cortaram e fizeram loucuras com o trecho”, justificou ela, em relação ao vídeo no qual Lucinho dá exemplo de como uma filha deve ser criada. “Meu pai nunca me beijou de língua, nunca fez nada comigo. No máximo, selinho de pai, mãe”, alegou.
Agora ele é investigado pela Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente da Polícia Civil mineira por conta da fala sobre a filha. A declaração teria sido feita quando ela ainda era menor de 18 anos.
Barreto, aliás, é um dos gospelstars preferidos do bolsonarismo. Figura apreciada pelos setores evangélicos ultrarreacionários, o pastor já tinha ficado famoso em há 12 anos por “cheirar a Bíblia”. Sim, em 2012 o “religioso” apareceu em uma foto com o livro sagrado dos cristãos aberto e simulando cheirar algo, tapando uma das narinas, da mesma forma que fazem os usuários de cocaína. Ele fez coro nas redes sociais daquele período para subir a hashtag “eucheiroabíblia”.