Emily Barreto, filha do pastor Lucinho Barreto, da Igreja Batista Lagoinha, de Belo Horizonte (MG), resolveu se manifestar depois que o pai apareceu em um vídeo, durante um culto evangélico, e chocou a internet.
Ele disse que a beijou na boca, além de outras afirmações perturbadoras e de natureza libidinosa.
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A filha, porém, negou que tenha se sentido abusada e declarou que o pastor sempre foi “um bom exemplo de uma figura paterna maravilhosa”.
“Cortaram e fizeram loucuras com o trecho”, justificou ela, em relação ao vídeo no qual Lucinho dá exemplo de como uma filha deve ser criada. “Meu pai nunca me beijou de língua, nunca fez nada comigo. No máximo, selinho de pai, mãe”, alegou.
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Emily disse, ainda, que a situação toda é um “absurdo”, que “tiraram a fala totalmente do contexto” e que não estava sendo coagida. Defendeu o pai e contou que “tinha espaço, tinha liberdade com ele”. Ela é casada e tem um filho.
O que disse o pastor
No vídeo, Lucinho Barreto disse o seguinte:
“Eu peguei minha filha um dia, dei beijo nela, falava que amava ela... Ela passava e eu falava ‘nossa, que mulherão, hein... Ai se eu te pego’... Aí ela ficava assim: ‘credo pai, vocês já é da mamãe’... Aí eu beijava ela, aí um dia ela distraiu assim e eu dei um beijo na boca dela... ‘Que isso, pai?’... Aí eu falei assim, que quando eu encontrar o seu namorado eu vou falar assim ‘você é o segundo, eu já beijei’...”, contou o clérigo cristão.
Barreto, aliás, é um dos gospelstars preferidos do bolsonarismo. Figura apreciada pelos setores evangélicos ultrarreacionários, o pastor já tinha ficado famoso em há 12 anos por “cheirar a Bíblia”. Sim, em 2012 o “religioso” apareceu em uma foto com o livro sagrado dos cristãos aberto e simulando cheirar algo, tapando uma das narinas, da mesma forma que fazem os usuários de cocaína. Ele fez coro nas redes sociais daquele período para subir a hashtag “#eucheiroabíblia”.
No caso do culto da capital mineira, no qual contou que beijou a filha na boca e que proferiu palavras pouco comuns para a herdeira, Barreto foi aplaudido e reverenciado com risos e gargalhadas após a declaração dantesca.