INVESTIGAÇÃO

Polícia investiga pastor que disse ter beijado a própria filha na boca

Declaração dada por Lucinho Barreto gerou revolta nas redes; Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente acompanha o caso

Pastor Lucinho Barreto.Créditos: Reprodução de Vídeo
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O pastor Lucinho Barreto, da Igreja Batista Lagoinha em Belo Horizonte (MG), será investigado pela Polícia Civil após declarar que beijou a sua filha na boca quando ela era menor de idade.

A fala do pastor foi feita durante um um culto e publicada nesta quinta-feira (2). “Eu peguei minha filha um dia, dei beijo nela, falava que amava ela... Ela passava e eu falava ‘nossa, que mulherão, hein... Ai se eu te pego’... Aí ela ficava assim: ‘credo pai, vocês já é da mamãe’... Aí eu beijava ela, aí um dia ela distraiu assim e eu dei um beijo na boca dela... ‘Que isso, pai?’... Aí eu falei assim, que quando eu encontrar o seu namorado eu vou falar assim ‘você é o segundo, eu já beijei’”, disse Barreto. Veja o vídeo abaixo.

A declaração repercutiu nas redes e causou indignação. O pastor, então, postou uma vídeo se justificando, em que afirma que as afirmações foram descontextualizadas. "Estava falando para eles [homens presentes] da necessidade de levantar a autoestima dos filhos. [...] O que quis dizer é que dei um beijo inocente, puro na minha filha, com intuito de levantar a autoestima dela. Não foi nada além disso, eu odeio tudo que tem a ver com pedofilia, abuso infantil. Acho que criança não namora".

O caso será investigado pela Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente em BH.

Filha se pronuncia

A filha do pastor, Emily Barreto, se pronunciou, nesta sexta-feira (3), e negou que tenha se sentido abusada. Ela também declarou que o pastor sempre foi “um bom exemplo de uma figura paterna maravilhosa”.

“Cortaram e fizeram loucuras com o trecho”, justificou ela, em relação ao vídeo no qual Lucinho dá exemplo de como uma filha deve ser criada. “Meu pai nunca me beijou de língua, nunca fez nada comigo. No máximo, selinho de pai, mãe”, alegou.

Emily disse, ainda, que a situação toda é um “absurdo”, que “tiraram a fala totalmente do contexto” e que não estava sendo coagida. Defendeu o pai e contou que “tinha espaço, tinha liberdade com ele”. Ela é casada e tem um filho.