As inundações que atingem o Rio Grande do Sul têm causado estragos imensuráveis em todo o Estado. Desde vidas humanas até danos à infraestrutura pública e aos negócios e empresas gaúchas. Nesta terça-feira (14) a nova vítima é a editora L&PM Pocket.
A editora é famosa por fazer edições populares de obras clássicas e é bastante lida na atualidade por oferecer preços competitivos e estar facilmente disponível em bancas de jornais das capitais brasileiras. Também ganhou notoriedade por dar espaço a autores que haviam sido censurados ou perseguidos durante a ditadura militar brasileira.
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Tanto o escritório como o depósito da empresa ficam em Porto Alegre e encaram inundações de pelo menos um metro.
Ivan Pinheiro Machado, fundador e diretor da empresa, usou as redes sociais para dar maiores detalhes. Ele explicou que não consegue comparecer às instalações da editora, especialmente ao depósito que fica próximo ao aeroporto Salgado Filho, em área amplamente alagada.
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Segundo seu relato, há cerca de 900 mil livros no estoque oriundos de 2 mil títulos diferentes que podem ser perdidos. Ele estima que de 30 a 40 mil livros já foram para debaixo d'água, e teme que a própria umidade danifique o restante do estoque e os cerca de 40 computadores da empresa.
“São 49 anos de trabalho e ainda não sei quanto vamos perder porque não consigo entrar no depósito. Só chego lá de barco. A situação é de apocalipse. Cada vez que vou aos nossos prédios de barco passo por um rastro de destruição”, escreveu.
Fundada em 1974 por Pinheiro Machado e Paulo de Almeida Lima, a L&PM Pocket também funciona em São Paulo por meio da distribuidora Catavento. Por isso ainda não cogita lançar uma campanha de arrecadação.