Os recentes embates de Elon Musk com o Supremo Tribunal Federal (STF) trouxeram à luz uma antiga relação do empresário com a extrema direita do Brasil. O governo de Jair Bolsonaro (PL) estreitou laços com o bilionário, facilitando a entrada da Starlink em 2022, empresa de Musk que fornece internet via satélite, no mercado brasileiro. E hoje, a empresa estaria fornecendo conexão para garimpeiros que operam ilegalmente.
É o que aponta uma reportagem do Brasil de Fato, que revelou que os perfis de WhatsApp vendiam internet da Starlink em 2023 também anunciavam a compra de ouro e cassiterita extraídos ilegalmente da Terra Indígena Yanomami, em Roraima. Isso indica que os envolvidos estão inseridos na cadeia ilegal de comercialização de minérios.
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A chegada da Starlink ao mercado brasileiro, em 2023, gerou grande expectativa, principalmente pela promessa de fornecer internet para 19 mil escolas em áreas remotas, como a Amazônia. No entanto, a empresa ainda não cumpriu esse compromisso, e sua entrada no país foi marcada por diversas irregularidades.
No ano de 2022, foi divulgado que o governo de Bolsonaro interveio na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para a aprovação da operação dos satélites da empresa em solo brasileiro. A Anatel concedeu a aprovação em 28 de janeiro de 2022, no início do último ano do governo Bolsonaro. Alguns meses depois, durante uma audiência na Câmara dos Deputados, o então ministro das Comunicações, Fábio Faria, confessou ter trabalhado para acelerar a autorização da agência.
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Durante a fase de implementação naquela época, as normas da Anatel e o Código de Defesa do Consumidor eram desrespeitadas pelo modelo comercial da Starlink. O endereço ou a razão social da empresa não eram informados aos clientes, o que constitui uma violação das regras da agência reguladora.