Uma operação da Polícia Civil em Aracaju e em Salgado nesta sexta-feira (26), prendeu quatro pessoas contra tráfico de drogas. Os presos, no entanto, fazem parte de uma associação autorizada a cultivar maconha medicinal e teriam se aproveitado disso para cometer o crime.
Uma associação em Sergipe teve decisão judicial inédita favorável em 2023, para fornecer a flor de cannabis.
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Apenas nove associações em todo o Brasil que defendem o uso da cannabis para fins medicinais, segundo o g1, têm autorização para fornecer o canabidiol em forma de óleo para pacientes, com laudo e receita médica.
Desvio e comercialização das plantas
Segundo o Departamento de Narcóticos, a associação em si não é objeto das investigações, mas sim os seus associados. Os membros, entre eles o presidente, o engenheiro agrônomo, o gerente de cultivo e o conselheiro fiscal, aproveitaram a facilidade de acesso e a falta de fiscalização para desviar as plantas produzidas e comercializá-las ilegalmente no estado. Eles chegaram a cobrar o valor de R$ 30 mil por quilo de droga.
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Além disso, o presidente da associação teria proposto aos funcionários pagar prestações devidas com sementes de cannabis ou a planta in natura. A Polícia Civil teve acesso a áudios que confirmam as negociações.
Segundo o delegado Rafael Kaupfer, do Denarc, “além das prisões, foi lavrado um auto de prisão em flagrante pelo crime de tráfico de drogas e foi apreendida uma grande quantidade de cogumelos alucinógenos, que não é tão comum realizar esse tipo de apreensão. Foi apreendido também o valor total de R$ 180 mil, que será depositado na Justiça, além de diversos aparelhos celulares, automóvel”.
A defesa afirma que os investigados são inocentes e que não teve acesso aos documentos da investigação. Os advogados destacaram ainda a importância da atuação da ONG para a saúde pública.
Com informações do g1