Logo após a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) desta quarta-feira (20) que determinou que o ex-atacante Robinho cumpra no Brasil a pena de 9 anos de prisão estipulada pela Justiça da Itália por ter participado de um estupro coletivo contra uma jovem albanesa, a defesa da vítima se pronunciou publicamente.
Jacopo Gnocchi, advogado italiano que fez a defesa da jovem, comemorou lá da Itália a decisão do STJ. Ele afirma que está "absolutamente satisfeito" com a decisão da Justiça brasileira e que sempre teve confiança no Brasil e no seu sistema judiciário.
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“Acreditávamos que essa seria a justa conclusão de um processo que se deu na Itália, com todas as garantias para os réus, que foram sentenciados como culpados. Então, não haveria nenhum motivo para não imputar a pena”, afirmou Gnocchi.
O profissional também fez uma breve avaliação a respeito da Justiça brasileira, da impossibilidade de extraditar o ex-jogador para a Itália e da decisão que manterá Robinho preso: “Respeitávamos e conhecíamos a Constituição Brasileira que impedia a extradição, mas isso não abona o fato de que, quando a sentença é definitiva, é justo, inclusive por respeito às vítimas e às mulheres, que a sentença seja aplicada”.
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Por fim, Gnocchi fez um apelo para todas as vítimas de violência, em especial as mulheres vítimas de crimes sexuais. Na sua opinião, assim como no presente caso, é importante que haja garantias para que as vítimas sejam encorajadas a denunciar os crimes. Caso contrário, os criminosos dificilmente serão responsabilizados e punidos.
“É uma vitoria para todas as vítimas de violência e, nesse caso, para todas as mulheres. Elas devem ter confiança no sistema, na justiça e fazer a denúncia, porque sem denúncias não há processos. E sem processos não há culpados, como nesse caso. Estamos muito satisfeitos e agradecemos a Justiça brasileira pela sua decisão”, finalizou.