O padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo da Rua, se manifestou no início da noite desta segunda-feira (5) sobre a investigação aberta pela Arquidiocese de São Paulo para apurar denúncia de abuso sexual contra o religioso.
Alvo de perseguição da extrema direita paulistana por seu trabalho junto à população mais vulnerável, Lancellotti foi acusado de pedofilia com base em um vídeo - já desmentido por perícia - de teor sexual. O padre nega todas as acusações.
Te podría interesar
Poucos dias após anunciar que arquivou uma denúncia com base neste vídeo contra o padre, já que o material tinha sido apurado pelo Ministério Público (MP), que não deu continuidade às investigações por falta de materialidade nas supostas provas apresentadas, a Arquidiocese anunciou que vai apurar outra acusação contra o sacerdote. O novo procedimento seria baseado em uma acusação de assédio sexual supostamente ocorrido em 1982 feita por um ex-coroinha ao site de extrema direita Revista Oeste.
"A recente divulgação de laudos periciais com resultados contraditórios e a notícia de um suposto novo fato de abuso sexual envolvendo o referido sacerdote requerem uma nova investigação da parte da Arquidiocese para a busca da verdade", diz nota divulgada pela circunscrição da Igreja Católica no estado.
Te podría interesar
Também através de nota oficial, o padre Júlio Lancellotti negou as acusações, afirmando que recebeu a notícia da investigação da Arquidiocese com "serenidade e paz de espírito".
"As imputações surgidas recentemente —assim como aquelas que sobrevieram no passado— são completamente falsas, inverídicas e tenho plena fé que as apurações conduzidas pela Arquidiocese esclarecerão a verdade dos fatos", diz o comunicado do religioso.
Confira a íntegra